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Mexilhão-dourado ameaça manancial de Imbé

Durante uma saída de monitoramento ambiental, o chefe de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Pesca (SEMMAP) Renê Duque Wollmann e o vice-diretor do Ceclimar/UFRGS, Ignácio Moreno, constataram a ocorrência do Limnoperna fortunei, popularmente conhecido como mexilhão-dourado, no Rio Tramandaí, em Imbé.

O mexilhão-dourado é um molusco bivalve de água doce, nativo dos rios do Sudeste da Ásia, em especial a China e podem alcançar até 4cm de comprimento.

Este molusco não tem predadores e causa inúmeros danos ambientais, tais como: danificar motores de embarcações; entupir encanamentos de água; prejudicar estações de tratamento; entupir filtros e sistemas de resfriamento em indústrias e usinas hidrelétricas; entupir tubulações e sistemas de irrigação como os da lavoura de arroz; afundar tanques-rede; afundar bóias sinalizadoras de navegação; prejudicar a pesca e aquicultura, além de modificar os ecossistemas aquáticos naturais e de margens de rios e lagos, pelo sufocamento e apodrecimento das raízes de plantas, como os juncos, facilitando a erosão e assoreamento.

“Até o momento não existem tecnologias ou medidas que diminuam estes impactos ou controle sua população. Para evitarmos sua dispersão no ambiente, devemos  retirá-los da água sempre que os encontrarmos nas vegetações, petrechos de pesca, embarcações, etc”, ressalta Renê.

Ele salienta que este animal tornou-se uma praga no Lago Guaíba, bacias dos rios Gravataí, Sinos, Caí, Taquari-Antas, Jacuí e Lagoa dos Patos.

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