Miguel: buscas chegam ao 26° e chance de corpo não estar mais no RS são grandes
O 26° dia de buscas permanentes do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) pelo menino Miguel, de sete anos, completou-se nesta segunda-feira (23), no Litoral Norte.
Com o passar do tempo, as chances do corpo não ser localizado nas águas do Rio Grande do Sul são cada vez maiores.
O menino Miguel foi dopado e jogado na noite de 29 de julho passado no rio Tramandaí, no limite entre Imbé e Tramandaí.
A mãe da criança, de 26 anos, e a companheira dela, de 23 anos, foram presas.
Em 2019, o surfista Gustavo Quadros de Oliveira, de 18 anos, desapareceu na praia de Imbé.
Desaparecido em 6 de junho, os bombeiros não localizaram qualquer vestígio no Estado.
O corpo só foi encontrado em 31 de julho na praia de Iguape, no sul de São Paulo, a cerca de 700 quilômetros de onde havia desaparecido.
Em 2012,Edson Dullius Júnior, 22 anos, era caroneiro de uma S-10 envolvida no acidente em Tramandaí que aconteceu em de 17 de março sobre a ponte Giuseppe Garibaldi, que liga Tramandaí a Imbé.
Seu corpo acabou desaparecendo no Rio Tramandaí e foi localizado cerca de duas semanas depois em uma praia de Santa Catarina.
Caso Miguel: próximos passos depois de recebida a denúncia
Após o recebimento de denúncia pelo Juiz de Direito Gilberto Pinto Fontoura (dia 17), da 1ª Vara Criminal da Comarca de Tramandaí, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues tem dez dias para responder à acusação de torturar e matar (homicídio triplamente qualificado) o filho Miguel, na vizinha cidade de Imbé, e ocultar o cadáver do menino de 7 anos de idade. A criança está desaparecida desde o dia 29/7.
Yasmin cumpre prisão preventiva no Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. A acusação formulada pelo Ministério Público (MP) aponta como corré a companheira de Yasmin, Bruna Nathiele Porto da Rosa, a quem os mesmos crimes são imputados. Bruna está internada no Instituto Psiquiátrico Forense de Porto Alegre para avaliação em razão da instauração de incidente de insanidade mental.
O processo contra ela fica suspenso, explica o magistrado, até a conclusão do laudo médico, que é esperada para meados de setembro, quando então se definirá o rumo da ação contra a madrasta do menino.
Após as manifestações das defesas deverão ser designadas audiências de instrução para tomada de depoimentos de testemunhas e interrogatório das acusadas. Por ora, esclarece o Juiz, a acusação arrolou 20 testemunhas.
As defesas também poderão indicar nomes.
Gilberto Fontoura informa ainda que, em consequência da alegada incapacidade mental da ré Bruna, a mãe dela foi nomeada curadora para acompanhamento do processo. Ambas as acusadas já constituíram advogados de defesa.