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Militar diz que civis são poupados em ataques da coalizão

O comandante dos Estados Unidos para a missão na Líbia, Gerard Hueber, rebateu ontem (23)  relatos sobre mortes de civis durante a ofensiva aérea da coalizão internacional. A declaração de Hueber foi feita após o governo líbio informar que havia civis entre as vítimas dos ataques.

“Estamos pressionando as tropas terrestres de Khadafi que estão ameaçando as cidades”, disse Hueber. “Nossa missão aqui é proteger a população civil. Por isso, escolhemos nossos alvos e planejamos nossas ações tendo isso como prioridade máxima.”

Paralelamente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descartou uma ação por terra na Líbia. “Se os ataques aéreos não conseguirem tirar Khadafi do poder, uma invasão terrestre está fora de questão”, disse.

Para o comandante da Aeronáutica da Grã-Bretanha em operação na Líbia, Greg Bagwell, a Força Aérea de Khadafi não existia mais como ameaça militar. Seis navios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) patrulham a costa líbia para garantir o embargo de armas imposto pelas Nações Unidas ao país.

Líderes ocidentais ainda discutem quem ficará à frente da coalizão internacional responsável pelas operações na Líbia. Os Estados Unidos manifestaram interesse em passar o controle da operação à Otan.

Desde o último dia 19, forças internacionais lançam ataques à Líbia. A coalizão – integrada até o momento pelos Estados Unidos, a França, Grã-Bretanha, o Canadá e a Itália – alega que atua seguindo as orientações do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Na semana passada, o conselho aprovou a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre o país em nome da proteção da população civil. O Brasil e mais quatro países se abstiveram na votação. Ontem, as forças da coalizão internacional lançaram ataques aéreos perto de Misrata, que está em poder da oposição, forçando tropas leais a Khadafi a se retirar dos arredores da cidade.

Testemunhas afirmaram, entretanto, que ainda havia francoatiradores disparando contra a população de tetos de casas e prédios dentro de Misrata. Forças de Khadafi também retomaram ataques na cidade de Zintan, perto da fronteira com a Tunísia, segundo testemunhas.

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