Ministro fala sobre resultados do Pan
Para ele, o grande legado do Pan é ter tornado o Rio uma cidade olímpica, definitivamente inscrita no calendário dos grandes eventos esportivos internacionais e credenciada para candidatar-se a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Prova disso são os campeonatos mundiais de judô, de jogos militares, de nado sincronizado e de futebol de salão que terão lugar nas instalações do Pan em 2007 e 2008.
O ministro salientou que, entre 2003 e 2006, as empresas estatais investiram mais de R$ 500 milhões em diferentes modalidades esportivas, cifra à qual se somam R$ 250 milhões provenientes da Lei Agnelo/Piva que, desde 2002, destina 2% da arrecadação das loterias federais para os comitês olímpicos e paraolímpico brasileiros. “Sem contar os investimentos do próprio ministério, que criou centros nacionais de treinamento, além de fornecer bolsas para atletas de alto rendimento sem patrocínio”, disse Silva Jr., destacando que as verbas destinadas às bolsas devem dobrar no ano que vem.
Orlando Silva acentuou a importância estratégica de se aprofundar a integração entre esporte e educação formal. Essa visão foi consensual nas reuniões realizadas, durante o Pan, entre Silva e ministros de Esporte de diferentes países, com os quais se discutiu formas de cooperação.
O Plano de Desenvolvimento da Educação prevê a ampliação da jornada escolar, apoiada essencialmente no esporte. Já é consenso na Comissão de Educação e Esporte do Senado a necessidade de incluir no orçamento verbas específicas para construção de equipamentos esportivos nas escolas.
No balanço do Pan feito aos jornalistas, o ministro disse que o evento serviu para testar e aprovar um novo sistema de segurança pública, apoiado em planejamento e tecnologia: “Não só os jogos, com seus mais de dez mil visitantes, não registraram nenhum incidente, como houve redução dos crimes comuns no Rio de Janeiro, no período”, destacou. Ele classificou o Rio 2007 de “jogos limpos”, já que não houve nenhum caso de doping.
Os recentes avanços registrados pelo esporte nacional tendem a se aprofundar e consolidar com a Lei de Incentivo ao Esporte que o governo está para aprovar, disse o ministro Orlando Silva Jr.. A lei prevê que empresas que declaram Imposto de Renda pelo lucro real possam destinar até 4% do valor devido para patrocinar esportes. Segundo Silva Jr., além de financiar programas esportivos de inclusão social, a lei servirá para atrair ao País técnicos de alto nível, uma forma de impulsionar esportes de menor tradição no Brasil.