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Moreira Franco defende que governo ajude o Rio para evitar “mico internacional”

O secretário executivo do Programa de Parcerias e Investimentos do Governo Federal, Moreira Franco, defendeu hoje (20) a ajuda financeira ao Rio de Janeiro, ao afirmar que o estado enfrenta uma situação particular por causa da proximidade dos jogos Olímpicos e Paralímpicos.

“É necessário ajudar os servidores do estado do Rio, a população do estado do Rio de Janeiro, como também não podemos pagar esse mico internacional. [Temos] compromissos assumidos na gestão anterior que não foram cumpridos”, disse Moreira, que classificou a situação do Rio de terrível.

Moreira Franco afirmou que a ajuda ao estado do Rio é necessária para garantir pagamentos, prestação de serviços e o cumprimento de compromissos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “Existe uma questão que distingue o Rio de Janeiro dos outros estados”, destacou. Ele lembrou que a competição começa em menos de 30 dias úteis.

“Creio que o governo do presidente Michel Temer não vai aceitar que nós brasileiros paguemos esse mico no momento em que a imagem do Brasil está muito ruim”, afirmou. Ele acredita que essas circunstâncias “impõem uma atitude de governo federal”.

Moreira Franco participou hoje (20) da abertura do seminário Segurança Jurídica e Governança na Contratação de Obras Públicas, promovido pela Fundação Getúlio Vargas, e também comentou as crises política e econômica do país. “Creio que, do ponto de vista político institucional, dificilmente vai se viver ou se viveu, ou pelo menos não conheço nenhuma situação tão crítica como a que estamos passando hoje”, disse o ministro.

Ele lembrou o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, para responder ao pedido de impeachment, de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados e citou o pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros. “Ao mesmo tempo, temos um processo de impeachment que se prolonga mais do que necessário, não para a substituição e solução do problema, mas para a economia do país. Nesse ambiente em que estamos vivendo a maior crise econômica da nossa historia, é um fator de profunda insegurança e instabilidade viver com dois presidentes da República.”

Agência Brasil

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