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MP acompanhou operação do Denarc que desarticulou rede de lancherias para lavar dinheiro do tráfico no Litoral

MP acompanhou operação do Denarc que desarticulou rede de lancherias para lavar dinheiro do tráfico no LitoralA Promotoria de Justiça de Combate à Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa acompanhou na madrugada da última sexta-feira (28) o cumprimento da parte ostensiva da Operação Harpia, realizada pelo Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc). As investigações são acompanhadas pelo MP desde os pedidos cautelares da polícia civil. Mais de 300 policiais em nove cidades da região metropolitana de Porto Alegre e do Litoral Norte atuaram na operação que atacou as finanças de um líder de facção que foi transferido para presídio federal. Juliano Biron da Silva teve quase R$ 5 milhões apreendidos em bens, mas a estimativa é de que ele movimentou R$ 60 milhões.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária, 33 de condução coercitiva e 45 de busca em Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Novo Hamburgo, Tramandaí, Imbé, Cidreira e Palmares do Sul. Os presos são responsáveis por coordenar os negócios adquiridos por Biron com a venda de entorpecentes.

O traficante administra, através de outros investigados ou de laranjas, sete lancherias da rede Skillus na Região Metropolitana e no litoral. Biron comandava as transações de dentro da cadeia. Houve o sequestro de aproximadamente R$ 5 milhões em bens identificados como do traficante, a maioria de forma indireta. No total, são 88 contas bancárias no nome de 38 pessoas, 20 veículos avaliados em R$ 1,3 milhão e 16 imóveis, avaliados em R$ 2,7 milhões.

Entre os bens sequestrados, estão terrenos, um apartamento em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, que custa R$ 800 mil, um prédio inteiro em Canoas, casas na praia, sítio no Vale do Sinos, um pub em Cachoeirinha, revenda de veículos em Canoas, duas transportadoras – uma delas em Santa Catarina – e estava investindo em produtoras de eventos.

Biron é apontado por tráfico e lavagem de dinheiro – ele controlava festa de luxo na Arena do Grêmio. O traficante foi preso em Balneário Camboriú suspeito de matar, por ciúmes, em Canoas, em 2015, o fotógrafo José Bertuol Gustavo Gargione, de 22 anos.

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