MP exige nova investigação em acidente que matou 6 no Litoral
MP exige nova investigação em acidente: Acidente com caminhão dos Bombeiros na Rota do Sol, que deixou seis mortos no município de Itati, será alvo de investigação mais profunda após recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).
O órgão, ao analisar o inquérito encaminhado pela Polícia Civil, entendeu que pontos cruciais ainda precisam ser elucidados para que as responsabilidades sejam corretamente apuradas.
O trágico acidente ocorreu no dia 26 de janeiro, no quilômetro 12 da RS-486, conhecida como Rota do Sol, e envolveu um veículo de resgate do Corpo de Bombeiros e um Toyota Corolla.
Seis pessoas perderam a vida, entre elas dois soldados da corporação e quatro ocupantes do carro de passeio, incluindo duas crianças e uma adolescente que faleceu dias depois.
Inquérito apontou que caminhão invadiu a contramão
A investigação inicial, conduzida pelo delegado Adriano Pinto, titular da Delegacia de Polícia de Terra de Areia, foi finalizada em 17 de março.
O inquérito indicou que o caminhão dos Bombeiros “invadiu a contramão de direção após uma curva acentuada para a direita em declive”, colidindo de frente com o Toyota Corolla que vinha na direção contrária.
Apesar da conclusão, o Ministério Público destacou que o documento foi entregue sem qualquer indiciamento, o que gerou questionamentos por parte da Promotoria.
O MP requisitou que sejam realizadas novas diligências, especialmente relacionadas à manutenção do caminhão, complementação de laudos periciais e a identificação da responsabilidade legal sobre o veículo da corporação.
O prazo determinado para que a Polícia Civil apresente novas informações é de 30 dias.
Vítimas da colisão
Entre as vítimas fatais estavam os soldados Audrei Alves Camargo e Juliano Baigorra Ribeiro, que estavam no caminhão do Corpo de Bombeiros e morreram no local.
No automóvel Toyota Corolla, as vítimas foram Rosélia Fátima Klassen, de 43 anos, seu filho Miguel Klassen Tomazi, de apenas 9 anos, e Gabriel Vitorino Frezza, de 22. Os três também faleceram no momento da colisão.
A adolescente Clara Klassen Tomazi, de 16 anos, foi a única sobrevivente inicial do acidente, sendo socorrida em estado gravíssimo.
Ela foi levada ao hospital de Capão da Canoa, mas acabou transferida para Caxias do Sul, onde morreu no dia 7 de fevereiro.
MP exige nova investigação em acidente
Com a gravidade do acidente, o pedido de aprofundamento da investigação busca oferecer respostas às famílias das vítimas e garantir que todos os aspectos técnicos e operacionais relacionados ao veículo de resgate sejam devidamente apurados.