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Mubarak diz que não deixa o poder no Egito

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, disse ontem (3) que gostaria de deixar o poder imediatamente, mas não o fará porque acredita que isso “mergulharia o país no caos”. O presidente afirmou estar “cansado” após três décadas no comando do país. Mubarak disse ainda que ficou abalado com protestos violentos na Praça Tahrir, no centro do Cairo.

“Fiquei muito decepcionado com os eventos de ontem. Não quero ver egípcios brigando uns com uns outros”, afirmou Mubarak. Ao ser perguntado sobre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descreveu-o como um “bom homem”.

Porém, ele reagiu à cobrança de Obama, que apelou para que Mubarak promovesse uma transição imediata. “Você [Obama] não entende a cultura egípcia, nem o que aconteceria aqui se eu deixasse o poder agora”. Em seguida, o presidente acrescentou: “Não me importo com o que as pessoas dizem sobre mim. No momento, eu me importo apenas com o meu país, com o Egito.”

Mubarak afirmou também que se sentiu aliviado quando anunciou que não concorreria a um novo mandato e que jamais fugiria do Egito. Ele está abrigado no palácio presidencial, fortemente protegido por guardas e bloqueios.

A empresa inglesa Vodafone, que opera celulares no Egito, informou que o governo do país a forçou a enviar mensagens de texto anônimas, pró-governistas, aos seus clientes. A Vodafone condenou a ordem informando que a atitude é inaceitável e vem ocorrendo desde o início dos protestos, na semana passada. A empresa disse que as mensagens deveriam ser claramente atribuídas ao governo.

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