Muitas carcaças de leões marinhos, cachorros e gados soltos na beira na praia: monitoramento da gripe aviária
Foi realizado um monitoramento aéreo percorrendo 138km entre o Molhe Leste, em São José do Norte, e o Farol de Mostardas, no Litoral Gaúcho.
Na ocasião foram contabilizadas 23 carcaças de leões marinhos presentes na área.
Vale considerar a situação de maré alta observada no trecho.
Muitos cachorros e gado solto na beira na praia chamaram a atenção.
Os órgãos oficiais liderados pelo Serviço Veterinário Estadual e Ministério da Agricultura, em conjunto com inúmeras instituições, seguem atuando no combate à crise e orientando a população local.
A ação proporcionou uma visão macro sobre a área monitorada, contribuindo para o esforço conjunto do enfrentamento à emergência zoo sanitária da gripe aviária no Rio Grande do Sul.
A operação ocorreu a bordo do helicóptero do esquadrão HU-51, da Marinha do Brasil, sob a coordenação do 5° Distrito Naval em cooperação com a equipe do Museu Oceanográfico e Centro de recuperação de animais marinhos (CRAM-FURG).
Cuidados
Em entrevista exclusiva ao programa Bom Dia, da Rádio Guaíba, o diretor adjunto do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Marcelo Vallandro, reforçou o apelo para que a população não deixe seus animais se aproximarem da carcaça de animais mortos na beira da praia.
“A gente está as vésperas de um feriado importante, onde as pessoas tendem a ir para o litoral. Temos pedido que as pessoas não tentem ajudar e não se aproximem em qualquer situação destes animais silvestres.
As pessoas precisam tomar cuidado com os seus pets, que muitas vezes são levados para a beira da praia, e muitas vezes deixam os animais soltos e eles podem se aproximar podendo se expor ao vírus trazendo para dentro de casa a doença”, apelou.
Humanos podem pegar gripe aviária?
Sim. Os casos são raros, mas a taxa de mortalidade é alta: por volta de 54%.
De 2003 a abril de 2023, apenas 874 pessoas foram infectadas com H5N1 no mundo. Apesar disso, metade delas (458) morreu.
O dado é da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Nas Américas, só há registros de 3 pessoas infectadas até o momento:
o primeiro nos Estados Unidos, em abril de 2022;
o segundo no Equador, em janeiro de 2023;
e o terceiro no Chile, em março de 2023.
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