Mulher que matou grávida para roubar bebê é denunciada por 4 crimes no RS
Rio Grande do Sul: O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) apresentou denúncia contra uma mulher de 42 anos acusada de matar uma grávida de nove meses para roubar o bebê.
O crime chocante ocorreu no dia 14 de outubro no Bairro Mario Quintana, na zona norte de Porto Alegre, e teve como vítima Paula Janaína Ferreira Melo, de 25 anos.
A promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari, responsável pelo caso, denunciou a acusada por quatro crimes: homicídio qualificado, aborto, ocultação de cadáver e o delito de dar parto alheio como próprio.
As qualificadoras incluem motivo torpe, meio cruel, dissimulação, dificuldade de defesa da vítima e intenção de assegurar a execução de outro crime.
“Um crime planejado e organizado que abalou profundamente nossa sociedade. A acusada atraiu uma grávida simulando uma doação, a matou e tentou se passar pela mãe do bebê, em um ato que merece punição equivalente à sua gravidade”, declarou a promotora.
Entenda o caso
No dia 14 de outubro, a mulher atraiu Paula Melo à sua casa com a promessa de doações. Fingindo estar grávida, a acusada conseguiu criar um vínculo de confiança.
No entanto, o que se seguiu foi um ato de extrema violência: Paula foi atingida várias vezes na cabeça com um instrumento contundente e, em seguida, teve sua barriga cortada para a retirada do bebê.
No dia seguinte, 15 de outubro, a mulher foi até um hospital da capital simulando um parto, mas os médicos rapidamente identificaram a fraude e acionaram a polícia.
O corpo de Paula foi encontrado na casa da acusada, enrolado em cobertores e sacos plásticos, escondido embaixo de uma cama.
A vítima e o bebê, que havia sido nomeado Endrick pela família, foram sepultados no dia 17 de outubro em Porto Alegre. Endrick estava previsto para nascer em 5 de novembro.
Detalhes da investigação
A investigação revelou que a criminosa, casada e mãe de dois filhos adotivos, agiu sozinha.
Seu objetivo era roubar o bebê para criar como se fosse seu.
O crime foi descrito como meticulosamente planejado, desde a falsa promessa de ajuda até a tentativa de forjar a maternidade da criança.
O Ministério Público segue acompanhando o caso, que chocou não apenas a comunidade local, mas todo o estado do Rio Grande do Sul, devido à sua brutalidade e premeditação.
A expectativa é que a acusada seja julgada com rigor proporcional à gravidade de seus atos.
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