Música que me encanta – Silma Terra

Música que me encanta - Silma TerraCOLUNA COTIDIANO

Música Que Me Encanta

Eu amo música, apesar de não ter um gênero em especial. Como seria o mundo sem música? Como seria? Sem ela não teríamos a graça, a beleza, as festas. Como ficariam os enamorados, os filmes sem trilha musical, durante a caminhada, na inspiração para novos escritos?

Cá estou eu, sentada em frente a minha janela panorâmica, pensando sobre o que escrever esta semana. Com o confinamento não há novidades, minha rotina é morna. Pego meu crochê e ligo o rádio, – sim eu curto ouvir rádio – e não sei especificar qual a rádio, mas naquele momento estava tocando uma música que faz parte da minha história. Quem de nós não tem uma música que te remete a bons pensamentos ou porque não, a maus momentos. A música está lá, lembrando o quanto você amou aquele cara, a música de vocês, promessas de amor.

Uma das coisas mais legais que tem nas cidades do interior, mas interior mesmo – no meu caso, morava num distrito – são as festas, geralmente religiosas. É um acontecimento, tanto a parte religiosa como a social. Novenas e bailes, movimentavam o comércio, afinal era a oportunidade de vestir uma roupa nova. Eu deveria ter uns 14 anos de idade, espere… vou começar do início meu encanto por música apesar de não saber cantar.

Lembro de mim sentadinha num canto do palco, o salão absurdamente lotado. O conjunto tocava com toda energia as músicas do momento. Na pausa para descanso do conjunto oficial, os músicos da cidade tomam a vez e começam a tocar e eu lembro perfeitamente do meu pai tocando bateria. Sim meu pai era músico, baterista, panderista. Eu adorava vê-lo tocar. Foram poucas as oportunidades, mas inesquecíveis. Minha filha Mauren aprendeu a tocar pandeiro sozinha. Quando vimos estava ela tocando o pandeiro do dindo Celso. Adoro vê-la tocar.

Eu amo música, e uma das minhas grandes tristezas é não ter aprendido tocar nenhum instrumento musical, muito menos cantar. Muito ouço elogios à minha voz, que devo cantar muito. Que nada, nem em karaokê.

Coragem não me faltou; numa dessas festas que citei acima, eu de vestido novo, fundo verde e florais bem delicados. Eu deveria ter uns 14 anos, cheguei na frente do palco e pedi para cantar. Os músicos concordaram, eu disse qual era a música e comecei “Você de uns dias prá cá, Vem mudando demais, O seu modo de ser; Tem muita tristeza no olhar, Mas evita me olhar para eu não perceber”…

Musica de Balthazar, “Se Ainda Existe Amor”

Quando lembro disso começo a rir de mim. Onde tirei coragem para cantar numa reunião dançante, salão lotado? Não sei, mas eu fiz isso sim.

Um amigo o Paulinho de Casa, que naquela época era somente o Paulinho, rindo disse pra mim: muito lindo, você pro norte e o conjunto pro sul.

Parece que quando eu estava vivendo meu momento musa cantora, nós, eu e o conjunto estávamos alinhados, perfeitos, como foi lindo.

Depois disso até aventurei-me em aprender violão, mas meu instrutor na época disse que eu não tinha ouvido musical, eu não diferenciava as notas.

Reprimida, nunca mais procurei cantar, fazer aulas de musica, acredito que estou num bloqueio.

Em Florianópolis aprendi a usar fones de ouvidos, cantar junto e ao me ouvir parece que canto maravilhosamente bem, na fila esperando o ônibus ou nas caminhadas pela Beira Mar Continental, eu chegava até a dançar; flutuava como se participasse como backing vocal nos clipes. Pouco me importava quem estivesse olhando, coisa quem numa cidade capital como Floripa, onde a diversidade é gigante, ninguém se importa de ver alguém no seu momento felicidade.

Num momento tão comigo mesma, lembro de um amor que jamais soube do meu amor… aqui, no silencio da madrugada me vem à memória Love Hurts , de Damien Rice. Nossa faz tempo, muito tempo.

É, a música tem grande importância e mais ainda na vida de quem a ama. Sem música não há paz, não há amor, os significados se rompem. Quem num bar com música ao vivo, não ouviu o grito “toca Raul”?.

Com música somos livres de amarras, sacudimos plateias. Como palestrante motivacional utilizo de músicas para dar mais encanto a minha audiência.

“Então vem, vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer.”

“Vamos viver tudo que há pra viver, amar as pessoas como se não houvesse amanhã.”

Vamos olhar pra frente, sempre e de preferência escutando belas músicas.

#teatirapravida
Silma Terra
Palestrante Motivacional, comunicadora de rádio e televisão, Youtuber e Bibliotecária de formação.
Facebook e Instagram – Silma Terra Palestrante
Site- www.silmaterrapalestras.com.br
Contato – contato@silmaterrapalestras.com.br
PodCast – https://soundcloud.com/sillma-borges-therra

Comentários

Comentários