Não tem anjinho na parada - Por Jayme José de Oliveira - Litoralmania ®
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Não tem anjinho na parada – Por Jayme José de Oliveira

Jayme José de OliveiraEm 1974 o general Ernesto Geisel assumiu a presidência do Brasil prometendo o retorno à democracia por um processo gradual e seguro. O ambiente político era o pior possível e a oposição pressionava pela anistia, que acabou promulgada pelo presidente general João Batista de Figueiredo com a Lei nº 6.683, em 28 de agosto de 1979. Ficou estabelecido que seria GERAL E IRRESTRITA. Isso significava que a lei abrigava situação, oposição e expatriados sob o mesmo guarda-chuva.

Foi nessa ocasião que durante um dos tantos debates que ocorriam defendi a tese que pode ser resumida em poucas palavras: “Não tem anjinho na parada”. De um lado, torturas, mortes (Vladimir Herzog), cassações, Atos Institucionais. Do outro, sequestros, assaltos, mortes (tenente Alberto Mendes), guerrilhas. Realmente, não havia anjinhos na parada e se pretendêssemos paz, far-se-ia necessário ensarilhar as armas e desarmar os ânimos. DE TODOS.

Tancredo Neves-José Sarney deram o pontapé inicial.

A inflação, dragão monstruoso, inibia investimentos e exauria principalmente os mais pobres.

Itamar-FHC, com o Plano Real conseguiram o considerado impossível após diversas tentativas fracassadas: DOMARAM O FAMIGERADO DRAGÃO.

Lula, com sua eleição consolidou a democracia, a esquerda assumiu o poder. Recebeu uma economia com uma dívida de R$ 852 bilhões (externa+interna), acumulada em 180 anos, desde a proclamação da Independência. Para espanto e inconformidade do PT, manteve a política econômica de FHC nomeando Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central. Seguiu-se uma trajetória de equilíbrio e progresso. Parecia que, finalmente, levantaríamos do berço esplêndido e rumaríamos para “Ordem e Progresso”.

Parecia… Não tardou e a ganância dos corruptores-corruptos mostrou garras afiadas e goela insaciável. Era o início do caos.

Simultaneamente os interesses mais voltados para o futuro da permanência no poder que para a solvência do país exacerbou a demagogia e a distribuição de benesses sem fundos que amparassem a gastança. Os R$ 852 catapultaram para R$ 1,89 trilhão. Em oito anos. Atualmente beiramos os R$ 3 trilhões que, com a taxa Selic em 14,25%, aumenta mais de R$ 1 bilhão/dia. Impagável. É o caos econômico que precipita o social.

Foi mais a economia em frangalhos que qualquer outro fator que levou a presidente Dilma ao impeachment. É a economia em frangalhos aliada à praga da busca à “governabilidade”, nomeando implicados na Lava-Jato que entrava o governo Temer. Acabará também em fracasso, a não ser que… como referi no início, ENSARILHEMOS AS ARMAS, DESARMEMOS OS ESPÍRITOS. TODOS.

Judeus e antissemitas se odeiam e lutam há 4 mil anos e não vislumbramos perspectiva de paz. Nelson Mandela, após 27 anos de cárcere e trabalhos forçados teria sobradas razões para, quando no poder, encetar uma vingança plenamente ao alcance. Sublimou a revolta, o rancor e o desejo de vingança. Não esqueceu, seria impossível. Como resultado, em vez duma pátria em chamas uma África do Sul em paz. Dentro do possível.

Qual o caminho a seguir? Deixo a resposta para cada leitor. Opto pela cooperação, sem abdicar de princípios e convicções.

O BEM a o MAL

Jayme José de Oliveira  – Capão da Canoa – RS – Brasil

(51)98462936 – (51)81186972

cdjaymejo@gmail.com

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