Nasa pode causar primeira chuva de meteoros artificial: entenda
A missão de 2022 da Agência Espacial Americana (Nasa), que desviou a rota do asteroide Dimorphos, pode desencadear um evento sem precedentes: a primeira chuva de meteoros provocada pelo homem.
Estudos recentes sugerem que os detritos gerados pela colisão podem atingir a atmosfera terrestre ao longo da próxima década, possivelmente resultando em uma chuva de meteoros visível do Hemisfério Sul.
Em 2022, a missão Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide (DART, na sigla em inglês) da Nasa colidiu intencionalmente uma espaçonave com o asteroide Dimorphos.
Esse experimento foi um teste de uma estratégia de defesa planetária, projetada para desviar asteroides que poderiam representar uma ameaça de colisão com a Terra.
Eleição 2024: veja quem são os candidatos da sua cidade
Dimorphos, porém, não estava em rota de colisão com o nosso planeta e foi selecionado apenas para fins de teste.
A missão obteve sucesso, conseguindo mudar a trajetória do asteroide.
Ao colidir uma espaçonave com o Dimorphos a uma velocidade de 6,1 quilômetros por segundo, a Nasa confirmou que o impacto cinético pode realmente alterar a rota de um asteroide.
Observações de telescópios terrestres verificaram que a órbita de Dimorphos foi reduzida em 32 a 33 minutos.
Contudo, o impacto também produziu uma grande quantidade de detritos, estimados em aproximadamente um milhão de quilos de rochas espaciais.
A dispersão desses fragmentos no espaço gerou novas hipóteses sobre suas possíveis rotas futuras e a chance de causar uma chuva de meteoros.
Pesquisas recentes apontam que esses detritos poderiam, potencialmente, alcançar a Terra e Marte nas próximas décadas. Um estudo aceito para publicação no Planetary Science Journal prevê que alguns fragmentos podem chegar a Marte até o final desta década, enquanto outros podem atingir a Terra em aproximadamente dez anos.
— Esse material tem o potencial de gerar meteoros visíveis, comumente conhecidos como chuva de meteoros, ao entrar na atmosfera — comentou Eloy Peña Asensio, da Universidade Politécnica de Milão, um dos autores do estudo, em entrevista à CNN.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp