Natal – alegria em família, mas nem sempre – Dr. Sander Fridman
Cidades e casas enfeitadas, lindas árvores de natal, festas, presentes, Natal é a grande data da alegria e do amor em família em todo o mundo cristão. Uma data de nascimento e de renascimento para o bem e para a caridade. De tão marcante, a data é motivo de recordações.
A vida passa diante de nossos olhos, as fofocas de cada ano, o que nos surpreendeu, e, principalmente, quem esteve e quem já não está conosco, e porquê. A imagem cultuada e exigente do perfeito amor em família, as sofridas lembranças, os sinais da festa que ativam estas lembranças, criam uma atmosfera psicológica favorável também ao sofrimento, não só à alegria.
Por isso, talvez, há também momentos e pessoas, nesta linda festa, em que a dor pode parecer prevalecer, em especial nos mais sensíveis, ou nos que ainda não pacificaram suas memóriasde más experiências passadas.
Gratidão, além de forte indício de um bom caráter, é receita milenar para a felicidade e para o alívio das dores e frustrações. Mesmo o andarilho, vivendo nas ruas, poderá sentir–se grato pelo pedaço de pão que encontrou e lhe aliviará momentaneamente a dor da fome, e lhe conservará vivo e com vontade de viver.
Que neste Natal possamos ser gratos, mesmo aos que nos magoaram, e que nos liberte para a vida nossa capacidade para perdoar.
Dr. Sander Fridman – Neuropsiquiatria, Psiquiatria do Emagrecimento, Laudos e Perícias em Psiquiatria Forense