Natal e Ano Novo
Não poderia, por dever de oficio e costume, deixar de fazer algumas reflexões e reparti-las com vocês, todos !
Com relação ao Natal eu fico pensando que todos deveriam ter uma ceia e que nesta ceia, tivesse peru , champanhe ou espumante, muita comida na mesa, muitos presentes, para os adultos mas principalmente muitos presentes para as crianças e para os velhos.
Estes presentes, não precisavam ser presentes materiais, poderiam ser distribuídos em forma de afeto e de carinho.
Fico pensando que não deveriam, no Natal, continuarem as crianças nas sinaleiras, sofrendo a humilhação de pedir esmolas.
Fico pensando que todos as avós e avôs estivessem na casa de seus filhos e não em asilos perdidos….., como roupa velha que a gente se desfaz, por não querer mais.
Fico pensando que no Natal não deveriam existir mais carrinhos de juntar coisas velhas, movidos com tração humana.
Fico pensando que no Natal, não deveriam existir mais carroceiros que utilizam em suas carroças peso muito superior aos que os pobres cavalos, que os ajudam, podem carregar.
Fico pensando que no Natal, não deveriam haver mais filas no Inss, para obter-se a marcação de uma consulta que só vai durar alguns minutos e acontecer….. daqui a seis meses.
Fico pensando que no Natal, todos deveriam ter seus empregos garantidos e seus salários devidamente pagos, como remuneração pelos serviços prestados.
Fico pensando que no Natal, ninguém deveria estar passando fome, dormindo coberto por um jornal, sob a marquise dos edifícios.
Fico pensando que no Natal, todos tivessem a sua terra para nela plantar os alimentos de para sua subsistência e subsistência de sua família, com dignidade e com cidadania.
Fico pensando que no Natal, todos os homens e todas as mulheres tivessem um amor. Um grande amor e que cuidassem deste amor como o bem mais precioso de suas vidas. E, que assim cuidado pudesse se multiplicar, este amor, em um raio de amor, destinado a iluminar todos os seres humanos.
Fico pensando que no Natal, não deveriam existir mais assaltos, mais seqüestros e que todas as pessoas possam confraternizar, tranqüilamente em segurança e sem medo.
Fico pensando que no Natal, todos estivessem incluídos e irmanados pelo sentimento de que somos seres humanos que procedemos da mesma fonte criadora e que portanto, somos depositários da fraternidade, da paz, da confraternização e do amor.
E para o ano que vem chegando, qual é a minha reflexão? A minha reflexão para dois mil e dez é o somatório destas reflexões anteriores, a qual eu adicionaria o desejo de que o Poder Executivo, o poder Judiciário e o poder Legislativo de nosso pais, compreendessem que nós constituímos um Estado e que o entregamos a eles, para administrarem-no em nosso nome.
Sim em nosso nome, como se fossemos nós. Cada um de nós!
E que eles compreendessem que esta é uma verdade inquestionável e que assim, finalmente, se portassem com a dignidade que o mandato outorgado exige que eles se portem.
Acho que se pudéssemos materializar, todos estes desejos, teríamos um Natal cheio de paz e um Ano Novo pleno de realizações.
Felicidades a todos e obrigado pela atenção que me dispensaram lendo meus textos durante este ano que se acaba no final de Dezembro.