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Nebulosidade aumenta, mas não afasta clima seco no Estado

A nebulosidade deverá seguir aumentando no Estado nos próximos dias, mas a baixa quantidade de chuvas e a instabilidade do tempo são fatores que ainda não permitem a mudança do quadro geral de estiagem.

Nesta quarta-feira (14), foi registrada uma intensificação dessa umidade ao longo da costa e Metade Sul do Estado, junto à fronteira com o Uruguai. 

No entanto, a chuva que caiu nas proximidades de Bagé, durante a tarde, não foi suficiente para aumentar os índices pluviométricos na região da Campanha, que já sofre os efeitos da seca. Segundo o gerente regional da Emater, Erone Londero, a estiagem começa a provocar diminuição na produção de leite e redução no peso do gado de corte. “O quadro neste momento não é tão desfavorável como no ano passado, mas o alerta é que, com a chegada do verão, este cenário se agrave”, informou Londero.

Conforme o meteorologista Flavio Varoni, do Centro de Meteorologia do Rio Grande do Sul (Cemet/RS), o tempo seguirá instável, sujeito a trovoadas e pancadas de chuvas nestas regiões e nas proximidades. Para a sexta-feira (15), a previsão é de que esta instabilidade atinja outras áreas, como a Serra e o Litoral Norte. “A Serra é a região mais crítica, pois é onde estão situadas as cabeceiras dos principais rios que banham a Região Metropolitana, como o Rio dos Sinos”, exemplificou.

Apesar da elevação da umidade, Varoni descarta uma alteração no clima seco. “São volumes baixos, com uma ou outra chuva mais intensa, situação típica do verão. Apenas no final da semana que vem poderemos ter a entrada de uma frente fria, aí sim trazendo uma chuva mais abrangente”. A Defesa Civil segue monitorando as comunidades mais atingidas pela seca e a Corsan não registra racionamento nos municípios atendidos pela empresa.

Trimestre com chuva abaixo do padrão climatológico

O prognóstico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o próximo trimeste indica redução na chuva e maior variabilidade das temperaturas no Rio Grande do Sul.

A previsão para o período entre dezembro a fevereiro é de precipitações abaixo do padrão em grande parte do Estado. As maiores reduções deverão ocorrer no Nordeste, em dezembro, e no Sul, em fevereiro.

Todavia estas tendências de precipitações são indicações de padrões predominantes climáticos de grandes áreas, podendo ocorrer eventos localizados de maior ou menor magnitude. “Da mesma forma, as temperaturas devem oscilar na maior parte do trimestre próximo à normalidade, mas poderão ocorrer alguns dias com fortes anomalias”, constata o boletim do Inmet.

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