Nelson Piquet escolhe refúgio secreto no litoral Norte do RS
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Nelson Piquet escolhe refúgio secreto no litoral Norte do RS

Nelson Piquet, tricampeão de Fórmula 1, encontrou um refúgio longe dos holofotes no litoral norte do Rio Grande do Sul.

Aos 72 anos, o ex-piloto vive de forma discreta em Praia Grande, na cidade de Torres, onde mantém uma residência.

Sua conexão com a região é facilitada pelo Aeroporto de Torres, que se tornou estratégico para suas viagens particulares.

O aeroporto, inaugurado em 2020, é voltado exclusivamente para a aviação geral, não operando voos comerciais no momento.

Administrado pelo governo estadual, o terminal atende a voos particulares, táxi aéreo, escolas de pilotagem e atividades de paraquedismo.

Com uma pista de 1.500 metros, suporta apenas aeronaves de porte médio, mas é suficiente para atender às necessidades de Piquet, que utiliza seu jato particular, um Station 10, para chegar à região.

Um refúgio exclusivo em Praia Grande

Praia Grande é uma escolha pouco comum para celebridades como Nelson Piquet, mas suas belas paisagens, tranquilidade e clima ameno tornam o local ideal para quem busca privacidade e descanso.

O ex-piloto é um frequentador assíduo do Aeroporto de Torres e um dos clientes mais renomados, segundo o administrador do terminal, Mário Antônio Carlette de Assis.

Apesar da infraestrutura modesta, o aeroporto proporciona a Piquet um acesso exclusivo e prático, permitindo que ele evite interações com fãs ou paparazzi. Essa conexão direta reforça a escolha de Praia Grande como seu refúgio.

Nelson Piquet: entre a tranquilidade e o legado

Embora mantenha uma vida discreta, o legado de Nelson Piquet como ícone do automobilismo continua vivo.

Sua rotina no litoral norte gaúcho reflete um desejo por tranquilidade e privacidade, longe da agitação das grandes cidades e das pistas que o consagraram.

História de Nelson Piquet: Da Paixão pelo Automobilismo à Carreira Empresarial

Nelson Piquet nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu boa parte da infância e juventude em Brasília, então recém-inaugurada como capital do Brasil.

Filho do médico pernambucano Estácio Gonçalves Souto Maior, ex-ministro da Saúde, e de Clotilde Piquet, uma dona de casa também pernambucana, Nelson enfrentou resistência paterna em sua escolha pelo automobilismo. Para driblar essa oposição, adotou o sobrenome de solteira da mãe, inicialmente grafado como “Piket”.

Um Talento no Tênis e a Decisão pelo Automobilismo

Seu pai desejava que ele se tornasse um tenista profissional e chegou a enviá-lo para estudar em uma escola em Atlanta, nos Estados Unidos.

Nelson foi um tenista premiado, mas considerava o esporte pouco empolgante. Apesar disso, o tênis influenciou o design de seu capacete, que trazia uma estilização de uma bola do esporte. Ele também cursou engenharia mecânica na Universidade de Brasília (UnB) até o terceiro período, antes de se dedicar totalmente às corridas.

De Piloto a Empresário

Após uma carreira brilhante que o consagrou tricampeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet abandonou as competições e se dedicou à vida empresarial.

Ele fundou a Autotrac, pioneira no monitoramento de caminhões de carga no Brasil, e também administrou negócios como a Piquet Pneus e a revenda Piquet BMW, ambas já vendidas.

Além disso, arrendou o autódromo de Brasília, batizado em sua homenagem, e criou a categoria de carros Espron, baseada em protótipos com motores BMW.

Conflitos e Novos Desafios

Piquet teve desentendimentos com a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e tentou criar a Liga Independente de Automobilismo (LIA), iniciativa que não prosperou.

Mais tarde, dedicou-se a gerenciar a carreira do filho Nelson Ângelo Piquet, chegando a cogitar competir novamente na GP2 em 2004, como companheiro do filho.

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Vida Pessoal e Homenagens

Nelson Piquet tem sete filhos de diferentes relacionamentos: Geraldo, Nelson Ângelo, Kelly, Julia, Pedro Estácio, Marco e Laszlo. No futebol, é torcedor declarado do Vasco da Gama e protagonizou um momento marcante em 2011, em Interlagos, ao pilotar o lendário Brabham BT49. Na ocasião, ergueu a bandeira do Vasco, em tom provocativo, durante uma homenagem.

Piquet segue como uma das figuras mais emblemáticas do automobilismo, tanto por sua habilidade nas pistas quanto por sua personalidade marcante e empreendedora.

A Jornada Brilhante de Nelson Piquet na Fórmula 1

Nelson Piquet começou sua trajetória no automobilismo aos 14 anos, no kart, onde se destacou ao conquistar os campeonatos brasileiros de 1971 e 1972.

Em 1976, ele foi campeão da Fórmula Super-Vê, demonstrando seu talento precoce.

Inspirado pelo sucesso de Emerson Fittipaldi, Piquet decidiu tentar a sorte na Europa. Competindo no Campeonato Europeu de Fórmula 3 em 1977, o piloto terminou em terceiro lugar, com duas vitórias.

Campeão da Fórmula 3 Inglesa e o Salto para a Fórmula 1

Em 1978, Piquet dominou a Fórmula 3 inglesa, quebrando o recorde de vitórias de Jackie Stewart.

Sua estreia na Fórmula 1 ocorreu com a extinta equipe BS Fabrications, onde pilotou um McLaren M23 no GP da Alemanha.

Pouco depois, ele foi contratado pela Brabham, equipe liderada por Bernie Ecclestone.

Os Primeiros Títulos e a Ascensão ao Olimpo da Fórmula 1

Após um início desafiador em 1979, Piquet conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1 em 1980, no GP do Oeste dos EUA, e quase levou o título, terminando como vice-campeão.

No ano seguinte, em 1981, o brasileiro superou Carlos Reutemann da Williams, conquistando seu primeiro título mundial em Las Vegas.

Em 1983, Piquet tornou-se bicampeão com uma estratégia inovadora e o pioneirismo do motor BMW Turbo.

A vitória no GP da África do Sul marcou o primeiro título mundial de um carro com motor turbo na Fórmula 1.

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Momentos Polêmicos e Memoráveis de Piquet

Entre episódios marcantes, destaca-se a briga com Eliseo Salazar após um acidente no GP da Alemanha de 1982.

O temperamento explosivo de Piquet ficou evidente, mas isso não ofuscou seu brilhantismo como piloto.

Outro momento curioso foi sua vitória em Montreal, em 1984, apesar de sofrer com queimaduras no pé causadas pelo aquecimento do radiador de óleo. Piquet mostrou determinação ao superar a dor e triunfar.

Títulos, Superação e Legado

Nelson Piquet encerrou sua carreira com três títulos mundiais (1981, 1983 e 1987) e um legado imensurável.

Seu estilo competitivo, domínio técnico e habilidade em negociar contratos o tornaram um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1.

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