Colunistas

No ano novo o que mudou?

Passadas as festas, o estouro dos champanhas e a euforia dos fogos, os dias no ano que entrou continuam iguais aos outros dias, até o carnaval, com tres dias de folia, onde o samba para a maioria é novamente a euforia e o Rei Momo comanda o espetáculo. Os palhaços vestem a fantasia e caem no asfalto das grandes avenidas e curam-se da ressaca na quarta – feira de cinzas. Os bens aquinhoados vão aproveitar o calorão para se refrescarem nas praias, nas piscinas. Os aeroportos estão atulhados daqueles que vão realizar as viagens de seus sonhos ao exterior, ou curtir as belezas das cidades, dos pontos turísticos de nosso imenso Brasil. Os menos aquinhoados, os trabalhadores retornam à vida rotineira de todos os dias.

Suportam o calor escaldante nos trabalhos, nos fornos de restaurantes e lancherias, no tórrido sol das ruas. Continuam enfretando filas intermináveis nas paradas de ônibus, nas plataformas dos trens. Enprensados nos ônibus e trens para se locomoverem ao trabalho. Aguentando o borburinho nas ruas de pessoas apressadas, os engarrafamentos e o barulho ensurdecedor no trânsito. A estação do ano mudou, os dias mudaram no calendário, mas a vida rotineira do dia a dia, do corre-corre para conseguir o pão, o alimento para os filhos com o suor de seus rostos continuam.

 Muitos lutando para conseguirem uma vida melhor, uma vida digna para suas famílias. O que mudou? Mudou a esperança, a expectativa de dias melhores, de um futuro mais próspero, de um mundo melhor com mais justiça, amor e fraternidade.

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