O efeito kripotnita - Litoralmania ®
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O efeito kripotnita

Nas histórias de Super-Homem este não pode se expor à kriptonita sob pena de perder suas forças, ficando assim entregue aos inimigos. Essa historia me faz recordar o Prefeito de Xangri-Lá, digo, República de Piratini, pois aqui eles tudo fazem à maneira gaucha, ignorando fundamentos de direito adotados no país vizinho, Brasil. Este Prefeito cavou sua própria sepultura e penso que tal se deve a ter confiado demais em advogados. Vendeu tudo o que pode e agora está com uma perna em uma casa prisional.

Hoje temos somente a Avenida Paraguaçu para nos ligar com o sul do município, dentro da área urbana. Incontável número de ruas paralelas a Paraguaçu foram vendidas a loteadores.

Contou ele sempre com a excessiva bondade ou mesmo ignorância de seus vereadores que a tudo diziam amém. Houve no Legislativo ao que me lembro somente um advogado que pode ser tido como respeitável. Refiro-me ao bacharel Demerval Jorge Serra, pois quando ocupava o cargo de Assessor Jurídico do legislativo emitiu um belíssimo Parecer Jurídico sobre a venda pretendida de 1 Rua e 5 Alamedas em Atlântida onde havia um belíssimo e completo Plano Diretor que foi mutilado de forma irresponsável para não dizer criminosa.

Sintetizo o que dizia o referido Parecer Jurídico com minhas palavras de leigo. Ruas e Alamedas são bens públicos inalienáveis e não podem ser desafetados e vendidos. Dizia ainda que se fosse o Projeto de Lei do Prefeito aprovado poderiam os vereadores responder pelo crime de improbidade administrativa. Como eles pensam que vivem na República de Piratini, pois tem essa mentalidade arraigada na maioria das cabeças que aqui habitam, votaram pela venda e tudo foi vendido.

Mais recentemente venderam a dois interessados uma área verde em Atlântida e se deram mal, pois um advogado de Porto Alegre cansado de tantos absurdos impetrou uma Ação Civil Pública e esta liminarmente suspendeu a farra. Lembrando disto minha memória me fez recordar um amigo de juventude e de escola que era dentista em Porto Alegre, o Bernardo Kripka de quem nunca mais tive notícia.

No caso presente não sei se o empreendedor a quem o Prefeito com a aquiescência ou conivência de seus obedientes vereadores vendeu este bem público é ou não parente do Bernardo. Sei sim que isto vai dar enormes desdobramentos e eu vou mover outra Ação Civil Pública para responsabilizar o Prefeito, o Presidente do Legislativo e cinco vereadores que venderam referidas Alamedas, dando origem ao Loteamento/Condomínio Villagio. Tenho a impressão que o senhor Kripka está fazendo sobre o infeliz Prefeito o mesmo efeito que a kriptonita fazia sobre o Super Homem. Nada tenho contra o senhor Kripka, pois como negociante se lhe vendem o que ele pretende, obviamente ele compra. É a lei de mercado.

A casa está caindo e já não é sem tempo. Tem mais. Faz poucos dias outro Projeto de Lei do Prefeito foi aprovado por unanimidade destinando 40 mil reais a uma festa de religiosos, contrariando o que determinada a Lei Orgânica do município.

Em 2006 assim foi feito e levei o caso ao MP em Capão da Canoa e recebi surpreso a resposta que não havia nada de irregular, pois tal era contido em Lei Municipal do Calendário de Eventos. Ora bolas, na faculdade me ensinaram a hierarquia das leis.

Algo há de errado, mas desta vez vou direto do MP Federal, pois ali parece que eles têm entendimento mais racional do que o nosso MP. E nesta ação vão dançar os oito vereadores que votaram o poderoso Presidente que quer me impedir de exercer o meu ofício de jornalista e mais o Prefeito.

Vai ser um lindo baile e os convidados serão dez. Ou a Justiça acaba com essa farra ou estes farristas farroupilhas acabam com a cidade. E quando não mais houver o que vender como é que eles pretendem administrar a cidade? Irão imprimir moeda própria? Até penso que possam estar pensando assim, pois como acima afirmo que eles se julgam na República de Piratini, mas serão acordados deste sonho e passarão a respeitar o Brasil e suas leis que são severas.

Faz algum tive um sonho no meio da madrugada e escrevi uma fantasia sobre uma pousada. Naquela ocasião minha fonte, muito próxima do Prefeito, disse-me de seu descontentamento e de sua raiva contra mim. Pois essa mesma fonte informou-me agora que ele nem mesmo mais está dormindo direito.

Ele teme o pior, o que é o óbvio. Ouviu sempre as pessoas erradas. Tentei ajudá-lo no início da administração e depois ele foi afirmar na rádio Osório que pretendia um emprego. Mentira dele, pois sou aposentado e não quero emprego algum, disse que sou um velho, o que é verdade, e por isto agradeço a Deus, pois nem todos chegam lá.

Disse também que sou digno de pena e aí estava muito enganado, pois digno de pena é ele que por sua ignorância foi arrastado ao fundo do poço. Que faça uma boa viagem ao fundo do poço é o que sinceramente desejo a ele, pois assim ainda será possível salvar esta cidade que tinha tudo para dar certo até que ele resolveu fazer das suas.”

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