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O Estudo em Negro – Sergio Agra

O Estudo em Negro - Sergio AgraLos hermanosdel Plata estão soltando fumacinhas pelas ventas. Os desafetos do meia do Inter, D’Alessandro, baseados no temperamento do atleta, afirmam que a inteligência emocional da grande maioria dos argentinos, como a de D’Ale, é igual a ZERO!

Com a eleição de Alberto Fernández para a presidência da Argentina, Cristina Kirschner assume a vice-presidência, cargo que em nada abafa o seu caráter arrogante e absolutista daquela que já fora a mandatária maior daquele País vizinho.

Após padecer por alguns anos no umbral eis que a Viúva Negra retorna à Casa Rosada sob as luzes dos holofotes.Estrategicamente, por ora mais comedida, discreta, sem, no seu íntimo,abdicar da personalidade, da ideologia e do caráter totalitárioque lhe corre nas veias. No entanto, a inquietaçãonão lhe abandonou o espírito. Paira novamente sobre sua cabeça o presságio de sua derrocada anterior, traduzidona poesiaLa Dama de Negro, atribuída a Federico García Lorca (1898-1936). O poeta jamais escreveu este poema. Trata-se de uma obra apócrifa.Daí a razão do furor dos “castelhanos” com a ressurreiçãodo “fantasma” que já assolou a Casa Rosada e sua então ocupante.

Vale a pena conhecer o poema La Dama de Negro, que ora transcrevo em espanhol e, agora sim, em respeito ao que ele, Federico Garcia Lorca, preconizava,”A tradução destroça o espírito do idioma”.Quem sabepossamos descobrir que o furor, a ira e a revolta dos hermanosnão tenha, de fato, algum fundamento?

LA DAMA DE NEGRO

De negro valaseñora

siempre vestida de negro
y no es por su marido
que hace rato que se ha muerto.

Lleva luto por lapatria
que ella ha ido pariendo,
destruyendoconsu ira
lo que otroserigieron.

Mujersinconcienciaalguna,
vacía de amor o afecto,
no aceptando una opinión,
una palabra, unconsejo.

Abriga susoledad
acumulando dinero,
pobre, pobre esta señora
que no tiene nada bueno.

1Vacayendopoco a poco
sudelirio se agiganta
y ya se siente una reina
rodeada de oro y de plata.

Consus súbditos al pie
todos concabezagacha
y ella una diosa se cree
y vaconla frente alta.

¿no se cansara –pregunto-
de discursearcon tal saña
cargandola tinta en cosas
que no tienenimportancia?

¿no se mirara alespejo
y dirá ¡que estoyhaciendo
estoy cansada que siempre
me diganlo que yoquiero.

La locuradel poder
lacodicia y laambición
llevadas a tal extremo
un final ha de tener.

Porque alllegartan arriba
esta soberbia mujer,
solo una cosa le queda
y es simplemente… caer.

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