O Fim do Mundo
É claro que, a previsão, é feita em cima de dados mais emocionais do que científicos ou lógicos. Serve, todavia, para nos remeter a uma reflexão: E se fosse verdade? Se fosse verdade o que seria de nós?
Que seria de nosso brasão familiar, e nossos títulos acadêmicos ou Honoris Causa, tão em moda hoje dia, de nossos bens materiais, de nossa autoridade, de nossas posses de todas as ordens, de nossa posição social, de nosso carro último modelo, de nossa conta bancária, e nossa consultoria que nos rende milhões em pouco tempo, de nosso dedo em riste acostumado a apontar culpados, de nosso nariz empinado, de nosso ar de superioridade, de nossos preconceitos, da razão que sempre julgamos ter, das nossas virtudes e de nossos pecados, de nossa religião que sempre achamos certa em detrimento das outras?
Que seriam das posições pessoais que defendemos e das mentiras que repetimos até acreditarmos que sejam verdades, de nosso orgulho, de nossa coragem e de nossos medos, de nosso olhar de désdem, das mãos que não apertamos, dos abraços que não demos, do perdão que não pedimos e do perdão que não concedemos, dos “bom dia!!!” que não retribuímos.
Que seria, finalmente, de nós se o mundo tivesse acabado em 21 de maio? Sinceramente eu não sei o que seria de nós…. Por não saber, por não poder prever o futuro me permito compartilhar, com vocês, a minha conclusão: Qualquer que fosse o nosso destino, nenhum dos itens acima mencionados faria parte de nossa bagagem para o destino incerto e não sabido. Aliás, se a seita americana, estivesse certa, iríamos embora sem qualquer tipo de bagagem pois, com certeza, não seria de utilidade alguma…