O livro impresso vai acabar – Suely Braga
Há uma discussão sobre o livro impresso. Muitos acham que conforme o avanço da tecnologia, desenvolvendo cada dia mais aparelhos avançados como celulares, tablets e a internet penetrando nas cidades o livro impresso perdeu seu lugar. Agora os e-books se multiplicam nas editoras e livrarias, contribuindo para que o livro impresso desapareça.
No meu ponto de vista o livros impresso tem seu lugar reservado por muito tempo. Eu pessoalmente sou adepta do livro impresso. Gosto de manuseá-lo, guardá-lo em minha estante e sentir seu cheiro. A leitura dos e-books na internet me cansa e não me incentiva.
Os fatos demonstram que o livro impresso ainda está em alta. Temos, no momento, o exemplo da Feira do Livro de Porto Alegre que acontece ininterruptamente todos os anos e já está na 61ª edição.É a maior Feira a céu aberto da América Latina.Na época da Feira a praça da Alfândega abriga uma grande festa.Acorrem pessoas de várias cidades do Estado e até do exterior.São milhares de pessoas de todas a idades visitando as bancas do livreiros, manuseando , folhando livros e comprando seus autores preferidos. Festa também no local reservado às crianças com as mais variadas atividades para os pequenos já irem desenvolvendo o gosto pela leitura e amando os livros, que lhe introduzem no mundo encantado.
Outros exemplos como as BIENAIS dos livros que acontecem em São Paulo, Rio e outros Estados do país. Podemos elencar as feiras de livros que se multiplicam em quase todas as cidades do interior, mesmo nos menores municípios.
A multiplicação de bibliotecas nas cidades e nas escolas com atividades sobre leitura. Na minha cidade, Osório, a Biblioteca Pública Municipal que tem um grande e variado acervo , realiza todos os dias a hora da contação de histórias.Cada dia uma escola do município participa.Em muitas escolas, em várias cidades do país os professores e as professoras estão realizando atividades as mais variadas com livros para incentivar o hábito da leitura nas crianças.
Podemos citar o grande número de escritores novos que surgem a cada ano, jovens e outros nem tão jovens. As oficinas literárias que se multiplicam, onde no final sempre é impressa uma coletânea.
As coletâneas e Antologias também impressas por Entidades Literárias cooperativas com textos de diversos autores.
Assisti a uma palestra com a escritora Jane Tutikan, que agora está se dedicando a escrever livros infanto-juvenis. Ela afirmou que hoje os jovens estão lendo mais.
Portanto o livro impresso tem vida longa, mesmo porque, num país continental como o Brasil e com as desigualdades sociais que tem nem toda a população tem acesso à internet.