“O livro-papel pode desaparecer, mas a Literatura, jamais”, disse Juremir Machado na Feira do Livro de Santo Antônio
Com uma linguagem bem acessível e muitas vezes com alguma irreverência, o que agradou em cheio aos presentes no palco de rua da Feira do Livro, ele contou episódios sobre sua vida, mas sempre colocando em evidência a importância da Leitura.
Juremir foi um dos expoentes na Feira. Mas se ele foi um dos que mais caíram no gosto do público naquele evento, junto ao público infantil a escritora paranaense (mas quase que inteiramente gaúcha por morar há 19 anos no Rio Grande do Sul) Léia Cassol, foi o xodó da criançada que vibrou com a sua empatia. Aliás o parque ficou cheio de crianças na quinta e na sexta-feira. O público adulto preferiu mais o sábado, especialmente a tarde para circular pelo parque.
E na abertura, se a doença impediu o lendário ícone do Rio Grande de estar presente, a figura do filho Carlos Paixão se identificou muito bem com a imagem do pai Paixão Cortes. Ele demonstrou o mesmo entusiasmo e verbosidade do homem que mudou a história do Rio Grande ao resgatar danças e costumes que tornaram lenda aqueles que ajudaram a construir o passado gaúcho.
Vibrando com a apresentação do Baile de Masquê, ele defendeu a idéia do resgate daquela manifestação cultural antes que ela se perca.
Mas houve outros nomes conhecidos da Literatura como Mário Pirata, Anderson Vicente, além dos nossos escritores locais, que tornaram a Feira mais uma vez uma ótima opção para Santo Antônio da Patrulha, promovida pelas secretarias municipais da Cultura, Turismo e Esportes e da Educação, com a indispensável e valiosa participação da Biblioteca Pública Municipal Júlio Costa, através da bibliotecária Bianca Teixeira Ramos.
No teatro a presença das crianças de nossas escolas infantis e do ensino fundamental tornaram agradáveis as tardes do evento. No sábado a presença do Teatro de Bonecos da Companhia Caras de Toten foi outra grande atração que encantou não apenas as crianças, mas gente de cabelos brancos. Outra grande autora, essa patrulhense, igualmente interagiu com os alunos. Foi Sinara Foss com a participação da professora Elizabete Silveira e que conversou sobre a sua obra Sissi na África.
E o que dizer das obras sobre os eventos Raízes e Raizinha? Ambas, organizadas pelos historiadores Fernando Rocha Lauck (diretor de Cultura e presidente da Fundação Museu Caldas Júnior) e Vera Lúcia Maciel Barroso, incansável organizadora e incentivadora dos dois importantes eventos culturais, tiveram a presença de pessoas constantes naquelas publicações e que fizeram parte da história do município.
Outro lançamento importante foi a antologia poética Poesia na Praça que contém publicações de autores locais.
Em todos os eventos, a presença do prefeito Daiçon Maciel da Silva sempre se destacou como grande incentivador da Cultura no Município.
Fazendo questão de elogiar a todos os que tiveram participação na Feira e quem está diretamente ligado ao mundo da Literatura, Daiçon, que também é escritor foi anfitrião dos autores visitantes do evento cultural de Santo Antônio da Patrulha.
Na entrega dos troféus destaque Imprensa 2012, Juremir Machado da Silva, Luiz Nicanor e Paixão Cortes foram agraciados. Apenas Paixão esteve ausente pelos motivos já anteriormente citados.
E no destaque especial foi contemplada a chefe da Comunicação Social da Prefeitura Viviani Silveira, que criou o Troféu há três anos, idealizado pelo Secretário de Desenvolvimento Social, Marco Aurélio Alves.
E quem não foi à Feira certamente perdeu bons momentos de ter contato com publicações que foram oferecidas com descontos especiais. Entre as atividades paralelas também foram realizadas a Virada Cultural, exposição fotográfica e o encontro do Lions Club Internacional.