O que está acontecendo com nosso Rio Grande? Erner machado

Ainda continuávamos ouvindo notícias do pai psicopata jogou seu filho de cima da ponte do Rio  Vacacaí em São Gabriel e chega-nos a informação de que em Caxias do Sul, …

Ainda continuávamos ouvindo notícias do pai psicopata jogou seu filho de cima da ponte do Rio  Vacacaí em São Gabriel e chega-nos a informação de que em Caxias do Sul,  na Escola Municipal João de Zorzi  tres alunos, adolescentes, entre treze e quinze anos tinham esfaqueado, uma professora, em sala de aula.

Os autores dois meninos de 14 e 15 anos e uma menina de 13 anos.

Todos os três foram presos e, no dia ocorrência a menina foi solta por falta de evidências de sua participam no ato de barbárie.

        As investigações da autoridade policial continuaram e, diante de novas evidências, nesta quinta feira 03.04, a menina de voltou a ser presa.

        A natureza deste fato e a sua gravidade nos qualifica e nos iguala a outros países onde adolescentes utilizando-se dos mais variados meios matam colegas de aula, ferem professores e produzem atos de violência que, até pouco tempo, achávamos impossíveis de que aqui fossem praticados.

        Refletindo sobre a gravidade do que aconteceu em São Gabriel e  Caixas do Sul, no período de uma semana, somos levados a constatar que os tempos mudaram e, com eles, mudaram as condutas, as atitudes e os comportamentos dos nossos adultos e nossos adolescentes que deixaram de lado a educação, o respeito a civilidade, a moderação e adotaram  atitudes de falta de respeito, de intolerância, de falta de atitudes civilizadas, de maldade, de crueldade  que resultam em atos de um pai matando um filho- do qual deveria ser protetor- e de alunos apunhalando, pelas costas uma professora-pela qual deveriam ter veneração e respeito-

        No Rio Grande do Sul, estamos nos tornando escravos da covardia, da violência, da intolerância, da maldade e dos atos de insanidade.

        As policiais fazem o que podem e quando podem prendem os autores que senão forem liberados na Audiência de custódia, serão incriminados, denunciados pelo Ministério Público e após isto julgados e, se condenados, receberão a pena correspondentes aos delitos cometidos e, após cumprirem o prazo legal, se tiverem bom comportamento, receberão Progressão de Pena e cumprirão o resto da sentença no Regime semiaberto ou aberto. Ou seja, estarão em liberdade.

        Somos escravos, no Rio Grande do Sul e no brasil, da falta de políticas oficiais que através de Métodos Educacionais Massivos contribuam para que a população- adultos e jovens- sejam levados a viverem em harmonia, em fraternidade e em paz com seus semelhantes, longe da delinquência e do crime.

        Castro Alves, nosso poeta maior, em um verso do seu famoso poema Navio Negreiro, lamentando a escravidão que ocorria, na sua época, disse: “Chora musa, mas chora tanto que o Pavilhão, se lave no teu pranto”

        Somos escravos modernos de um processo de degeneração social irreversível e não temos um poeta para cantar as nossas angústias e a nossas dores e se o tivéssemos, não poderia pedir- com certeza  a sua Musa- que ,com o seu choro, lavasse o nosso Pavilhão- (Bandeira)- porque, a  ela,  já não o valor e o significado que possuía.

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