Colunistas

O sonho não acabou mesmo!

No dia 27 de agosto de 2007 fiz minha estreia nas páginas eletrônicas de Litoralmania. Seria, para mim, uma experiência inédita, vez que, ao pé do texto, os leitores – à época, poucos, porém, todos generosos – haveriam de, respeitosamente, interagir com este escriba de aldeia e mesmo com outros comentaristas estritamente acerca da dialética e do pensamento ali expostos.

Os Defensores Públicos, de imediato, respeitosamente contra-argumentaram ao teor de uma crônica (Vetar era preciso – Litoralmania, 30/08/07) por mim escrita. E tantos outros artigos, de igual forma, ensejaram o direito do, sempre em bom nível, contraditório.

O ano de 2008 igualmente fora generoso (no sentido de cavalheirismo e fidalguia) da parte dos que não concordavam com minhas abordagens. Fazia parte do contexto de – atentem – respeito ao estado democrático de direito e à livre manifestação do pensamento.

2010, no entanto, como enxame de belicosos gafanhotos, os espaços de “Faça um comentário” fora invadido por seres (?) ávidos do “quanto pior, melhor”, sedentos pelo aviltamento da manifestação de outrem.

Jamais – como alguns de meus confrades colunistas ingênua e inadvertidamente se propuseram – rebati, nas páginas de Litoralmania, às baixarias, mesmo as de cunho pessoal, de leitores que sequer, até hoje conheço. Tive divergências pessoais, sim, com colega colunista. Fizemos um pacto de “boa convivência” e este tratado, respeitosamente, vem sendo e continuará mantido.

Se a crônica À espera de Paul suscitou raivosas e descabidas manifestações de quem, por razões que não me cabe julgar, não compactuou ou viveu (como vivi) desbragada e intensamente aquele momento (décadas de sessenta e setenta), ou de quem, frustrado, não assistirá (como eu assistirei) ao, sim, senhores, ao mega show!!! de Sir Paul James McCartney, é questão e problema de foro estritamente íntimo de cada um. Isso, no entanto, em circunstância nenhuma lhe confere o direito de vomitar a biles de seus recalques e frustrações infantis. Quem em assim agiu, não atentou, precipuamente, para o recado maior que a crônica ensejava: a desatenção e o “esquecimento”, em razão de nossas prioridades (trabalho, compromissos, prazos) em dizer um “oi” ou saber dos nossos afetos.

É uma lástima! Porém, fazer o quê, se os cães ladram (e irão continuar, tenho a certeza!) enquanto a caravana passa.

Que venham as ofensas, que venham as biles. Nada mais, dessa caterva, me surpreende!

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