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O último discurso de Stalin – Por Jayme José de Oliveira

Jayme José de Oliveira“Um documento histórico. Stalin afirma ao longo dele, em doze oportunidades, QUE OS PAÍSES COMUNISTAS LUTAM PELA PAZ MUNDIAL E POR SETE VEZES OS DENOMINA DE PAÍSES DEMOCRÁTICOS”.

Camaradas! Permitam-me agradecer em nome de nosso congresso a todas as agremiações e partidos irmãos cujos representantes nos honram com sua presença ou que enviaram moções de saudação. Agradecer pelos fraternais cumprimentos pelos votos de sucesso e pela confiança. (Aplausos)

Para nós é especialmente valiosa essa confiança indicativa do empenho em apoiar nosso partido nas lutas por um futuro radiante para os povos, contra a guerra e pela manutenção da paz. (Aplausos) Seria um erro pensar que o nosso partido tendo adquirido enorme força não precisa de apoio. Isso é falso. Nosso partido e nosso país sempre precisaram e precisarão da confiança e da simpatia e do apoio dos povos irmãos estrangeiros. A peculiaridade desse apoio consiste em que cada partido irmão ao apoiar as aspirações pacifistas do nosso partido demonstra também estar apoiando a luta de seu próprio povo.

O operariado inglês, em 1.918-1.919, durante a agressão da burguesia à União Soviética, ao organizar a luta contra a guerra sob o slogan “Tirem as mãos da Rússia”, apoiou antes de tudo a luta de seu povo pela paz e só depois à União Soviética. O camarada Thoraz ou o camarada Togliatti, ao declararem que seus povos não guerrearão contra os povos soviéticos (Aplausos) estão apoiando antes de tudo os operários e camponeses da França e da Itália que lutam pela paz, e só depois às aspirações pacifistas soviéticas. A peculiaridade desse apoio mútuo se explica pelo fato que os interesse de nosso partido não contradizem, mas, pelo contrário, confundem-se com as dos povos amantes da paz. (Aplausos)

No que concerne, pois, à União Soviética seus interesses são totalmente inseparáveis da causa da paz mundial. Naturalmente nosso país não pode permanecer em dívida com os partidos irmãos e devem também por sua vez a eles e seus respectivos na luta por sua libertação e pela manutenção da paz. Como se sabe, é assim mesmo que se procede. (Aplausos)

Após nosso partido ter conquistado o poder em 1.917 e ter tomado medidas para liquidar o jugo capitalista e latifundiário. Os representantes dos partidos irmãos, admirados pela bravura e êxito do nosso partido conferindo-lhe o título de “Brigada de Choque” do movimento revolucionário e operário mundial. Com isso, eles manifestaram a expectativa de que os êxitos dessa “Brigada de Choque” aliviasse a situação dos povos afligidos pelo capitalismo. Penso que o nosso partido correspondeu a essas expectativas, sobretudo durante a Segunda Guerra Mundial quando a União Soviética, destroçando a tirania fascista alemã e japonesa libertou os povos da Europa e da Ásia do perigo da escravidão fascista. (Aplausos)

Obviamente, era muito difícil desempenhar essa honrosa função enquanto havia uma única “Brigada de Choque” obrigada a exercer seu vanguardismo quase na solidão. Mas isso é Passado. Hoje a situação é completamente outra. Da China e da Coreia, até da Tchecoslováquia e da Hungria, tendo surgido novas “brigadas de choque” na forma de países democrático-populares, a luta se tornou mais fácil para o nosso partido e até mesmo o trabalho seguiu mais alegre. (Aplausos)

Merecem especial atenção os partidos comunistas democráticos ou operário-camponeses que ainda não chegaram ao poder e contribuíram atuando sob o tacão das leis draconianas burguesas. Obviamente, para eles é mais difícil triunfar. Entretanto, para eles não é tão difícil atuar como era para nós, comunistas russos no tempo do tsarismo, quando os mínimos progressos eram fortemente criminalizados. Todavia, os comunistas russos resistiram, não temeram as dificuldades e alcançaram a vitória. A mesma coisa ocorrerá com esses partidos. Porque, em todo o caso, para os partidos não será tão difícil atuar, em comparação com os comunistas russos do período tsarista?

Em primeiro lugar porque eles têm diante dos olhos os exemplos da luta e dos êxitos da União Soviética e dos países democrático-populares. Eles podem, portanto, aprender com os erros e acertos desses países e assim facilitar sua atuação. Em segundo lugar, porque a própria burguesia, principal inimigo do movimento emancipador mudou drasticamente, tornou-se mais reacionária, perdeu seus vínculos com o povo e, assim. Enfraqueceu-se. Naturalmente, essa situação também deve facilitar a atuação dos partidos revolucionários e democráticos. (Aplausos)

Antes, a burguesia se permitia posar de liberal, defendia as liberdades democrático-burguesas e, assim, angariava popularidade entre as massas. Hoje não resta resquício sequer desse liberalismo.

Não existem mais as assim chamadas liberdades individuais, os direitos individuais só são reconhecidos aos donos do capital e os outros cidadãos são considerados matéria humana bruta, útil apenas para ser explorada.

O princípio de igualdade de direitos entre as pessoas e as nações foi pisoteado e substituído pelo princípio da plenitude de direitos a uma minoria de exploradores e de sua ausência à maioria explorada dos cidadãos. A bandeira das liberdades democráticas burguesas foi jogada fora. Penso que cabe a vocês, representantes dos partidos comunistas e democráticos, recolhê-la e conduzi-la adiante, se vocês querem atrair para si a maioria do povo, não há mais ninguém que possa fazê-lo. (Aplausos)

Antes, a burguesia se julgava líder das nações cujos direitos e independência defendia e colocava “acima de tudo”. Hoje não resta vestígio sequer desse “princípio nacional”. A burguesia vende por dólares os direitos e a independência das nações. A bandeira da independência e da soberania foi jogada fora. Não há dúvida que cabe a vocês, representantes dos partidos comunistas e democráticos recolhê-la e conduzi-la adiante se vocês querem figurar como os patriotas de seus países e tornarem-se a força dirigente das nações. Não há mais ninguém que possa fazê-lo. (Aplausos)

É assim que a situação se apresenta atualmente. Naturalmente, todas essas circunstâncias devem facilitar a atuação dos partidos comunistas e democráticos que ainda não chegaram ao poder. Há, portanto, todos os motivos para contar-se com o êxito (Aplausos) e a vitória dos partidos irmãos nos países dominados pelo capital.

Vivam nossos partidos irmãos! (Aplausos)

Saúde e vida longa aos líderes dos partidos irmãos! (Aplausos)

Abaixo os incendiários de guerra! (Aplausos)

https://www.youtube.com/watch?v=xCb1uN-2V7Y

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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