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Ocupação de favelas cariocas continuará durante e após o Pan

A operação no Complexo do Alemão, grupo de favelas da zona Norte carioca, continuará durante o Pan, que começa daqui a duas semanas, e pode se estender a outras áreas críticas, segundo as autoridades do Rio.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio comunicou que as ações são por tempo indeterminado, apesar das críticas -os policiais mataram 19 pessoas na última quarta, e há denúncias que 11 delas não tinham ligação com o narcotráfico e o crime.

Já o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, acena com a ocupação de mais bairros populares e pede que a Força Nacional fique no Rio mesmo depois do Pan. “A Força Nacional foi imprescindível para o sucesso da operação”, afirmou. “Pretendemos usá-los posteriormente aos Jogos Pan-Americanos”, completou Beltrame.

Para o governo federal, não há nenhuma negociação sobre o prolongamento das tropas nacionais em território fluminense, mas que pode acontecer que parte dos agentes fique por lá.

O esquema de segurança do Pan contabilizará 25 mil homens, incluindo 6.000 da Força Nacional, mais 3.000 da Polícia Federal e mais 3.000 policiais rodoviários.

A ofensiva da polícia começou em maio, mas foi nesta semana que ela ganhou cores drásticas com a ação no Complexo do Alemão, local vizinho à Linha Amarela, um dos principais eixos entre os locais de competição dos Jogos do Rio, que vão do dia 13 a 29 de julho.

Beltrame afirmou que não é possível ocupar todos os morros, mas disse que operações similares podem ser feitas em outras favelas. “Faremos ações em outras favelas, mas ainda as investigações vão definir o dia e local”, afirmou o secretário.

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