Operação é deflagrada em Balneária Pinhal: esquema criminoso teria desviado cerca de R$ 10 milhões de empresa
A Polícia Civil, por meio do Serviço de Inteligência Policial e Análise Criminal (SIPAC) da 2ª Delegacia de Polícia Regional de Canoas e da Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Canoas, deflagrou, nesta quarta-feira (20/12), a Operação Tênia.
Duas pessoas foram presas, sendo uma delas a principal investigada, além de outro suspeito, este por posse ilegal de arma de fogo.
Cinquenta e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Canoas, Porto Alegre, Ivoti, Estrela e Balneário Pinhal, no Rio Grande do Sul; Florianópolis e Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Mirassol e São Vicente, em São Paulo.
Mais de R$ 170 mil em espécie foram apreendidos, além de três armas de fogo, bebidas destiladas de alto valor, produtos para tratamento em salões de beleza, extensões para mega hair, eletroeletrônicos, artigos de luxo e de decoração, e veículos de luxo, que, somados, totalizam valor superior a R$ 1 milhão.
A investigação iniciou em agosto, apurando mais de 300 (trezentos) furtos qualificados por abuso de confiança e fraude, além da prática de estelionatos, falsidades e receptações.
A vítima, do ramo empresarial, teria sofrido furtos de uma pessoa que trabalhava em sua empresa.
A pessoa investigada passou a ter autorizações para realizar transações bancárias de alto valor, o que viabilizou operacionalizar um esquema, subtraindo montante aproximado de 10 milhões de reais ao longo de cinco anos.
A investigação identificou várias pessoas associadas à prática dos crimes.
Apurou-se que a principal investigada efetivava a subtração de valores das contas e realizava o encaixe de depósitos em prol de terceiros a ela vinculados.
Os beneficiários relacionados à investigada, no período concomitante aos furtos, adquiriram imóveis, ingressaram e/ou investiram em sociedades empresariais como centros de estética, salões de beleza, loja de semijoias, estética automotiva, empresa de transportes, empresa de eventos, entre outros, além de realizar gastos incompatíveis com seus ganhos e ostentá-los em redes sociais.
A investigada passou, ainda, a ameaçar os funcionários que participavam da verificação das inconsistências nas contas da empresa, além de se desfazer de bens e ocultar a sua participação societária em empresas em que investia o dinheiro desviado. Igualmente, houve ameaças à vítima e sua família.
Identificou-se o envolvimento de pelo menos 30 pessoas no esquema criminoso, que responderão, de acordo com sua participação, pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado, estelionato, falsidades e/ou receptação.
O delegado Cristiano de Castro Reschke, Diretor da 2ª Delegacia Regional de Canoas, coordenador da investigação, destaca: “nessa operação também executamos outras medidas relevantes no interesse do inquérito policial: a suspensão das atividades de 5 empresas ligadas aos investigados; o bloqueio de 55 contas bancárias em nome dos investigados; a apreensão de bens de luxo; e a apreensão de telefones celulares, documentos, recibos, comprovantes, anotações e documentos bancários.
As investigações prosseguem no intuito de responsabilizar todos os coautores, bem como para ressarcir o prejuízo das vítimas”.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp