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Operação Mar Seguro registra segunda temporada sem mortes de surfistas em redes de pesca

A Operação Mar Seguro, do Comando Ambiental da Brigada Militar (BM), que acontece há dois anos, está sendo intensificada neste verão e possibilitou o fim das mortes de surfistas em rede de pesca no litoral gaúcho. Esta é a segunda temporada onde não é verificado tal tipo de ocorrência. A fiscalização fez uma varredura para que as redes de pesca não estejam em lugares próprios apenas para banhistas e esportistas.

Conforme o major Rodrigo Gonçalves dos Santos este é um entendimento entre surfistas e pescadores que não devem disputar espaço para a prática de suas atividades. “A BM vem se empenhando para que a lei seja cumprida, refletindo na eliminação destas mortes”, diz o major. “Embora a maioria das mortes ocorra no inverno, quando não há salva-vidas nas praias e balneários, e os pescadores colocam um número maior de redes, no verão também há este conflito. Só que, uma vez detectada a rede, o Comando Ambiental realiza a retirada do mar antes que aconteçam os acidentes”.

Para Santos, o trabalho é realizado a partir da fiscalização (que somente este ano já retirou mais de 23 mil metros de rede da orla marinha de todo litoral gaúcho) e pela educação, para que todos entendam que o valor da vida é muito maior do que interesse dos segmentos. “Desta forma conseguimos fazer com que não existam mais mortes trágicas como o afogamento”.

O major ressalta que ainda não acabaram os problemas com redes de pesca e que, o principal problema, não é o pescador profissional, mas sim os pescadores ocasionais de final de semana. “A rede só pode ser utilizada por pescadores profissionais, sob pena de multa que pode chegar a R$ 800 por quilo de peixe e processo judicial”. O objetivo da BM não é penalizar as pessoas com multa, mas sim conscientizar de que amadores não podem utilizar os apetrechos de pesca, porque além do risco de morte, há também o dano ambiental.

“As pessoas podem pescar, com apetrechos de pesca que agregam ao lazer da família. O que não se pode é utilizar redes e tarrafas, materiais utilizados normalmente pelo pescador profissional”.  O vandalismo também é alvo da operação, já que as prefeituras delimitam o espaço para as práticas com placas, mas com a retirada delas, muitas pessoas já morreram por não saber que determinado espaço não era destinado ao banho. As denúncias ao Comando Ambiental da BM podem ser realizadas a partir do telefone (51) 3320.6300, que posteriormente entra em contato com as regionais de Tramandaí, Torres, Capão, Osório, Pelotas e Rio Grande.

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