Operação Retomada 2 é realizada em Santo Antônio, Osório e Caraá
Brigada Militar (BM) e Ministério Público (MP) deflagaram, na manhã desta terça-feira (07/02), a segunda fase da Operação Retomada, visando combater o tráfico de entorpecentes e outros delitos associados a esse crime em Santo Antônio da Patrulha, no residencial com o mesmo nome da cidade, do Programa Minha Casa Minha Vida, popularmente conhecido por Carandiru.
São cumpridos 22 mandados no município, em Osório e em Caraá.
Em Santo Antônio são três mandados de prisão e 15 de busca e apreensão; do total dez se cumprem no residencial e os demais em outros endereços.
Dois mandados de busca e apreensão estão destinados à Penitenciária Modulada Estadual de Osório (PMEO) e outros dois em Caraá.
Em agosto do ano passado, a BM e o MP realizaram a Operação Retomada no mesmo residencial, para o combate ao tráfico de drogas no local, liderado por grupo criminoso originário de Canoas, que resultou na prisão de 20 pessoas, apreensão de armas, munições e drogas.
A Operação Retomada 2 é a continuidade da ofensiva da Brigada Militar e Ministério Público para promover segurança a inúmeras famílias que habitam no condomínio, com 240 apartamentos, e que antes dessas ações integradas viveram momentos de intranquilidade pelos delitos identificados na área, sendo que muitos moradores chegaram a mudar de residência.
Além de armazenar drogas em apartamentos próprios e alugados, o grupo também obrigava moradores, mediante ameaça, a guardarem os entorpecentes.
A BM manteve policiamento na área, com prisões e apreensões de drogas após a primeira fase da Operação, e videomonitoramento foi instalado no condomínio com recursos oriundos do Consepro, mas investigações demonstram que a organização criminosa líder do tráfico continua agindo.
A investigação mostrou também que, após a realização da Operação Retomada, os integrantes da facção alteraram o modus operandi, passando a vender entorpecentes fora das dependências do residencial, em pontos de fácil acesso pelos fundos do condomínio, embora ainda houvesse imóveis sendo ocupados pelos traficantes.
Apurou-se ainda que parte da facção atuava diretamente na venda, recolhimento do dinheiro obtido e armazenamento da droga, enquanto outras pessoas foram identificadas como responsáveis pelo transporte dos integrantes da facção e de entorpecentes, sendo um dos investigados o proprietário de uma comunidade terapêutica destinada ao tratamento de dependentes químicos.
“Embora a Operação Retomada tenha conseguido retirar grande parte dos agentes envolvidos no tráfico, sabemos que as facções criminosas sempre buscam restabelecer seu domínio territorial. É o que estava acontecendo, na medida em que novas pessoas ligadas ao grupo atuavam no residencial”, esclarece o promotor de Justiça Camilo Vargas Santana.
A operação é conduzida pelo comandante regional da Brigada Militar no Litoral Norte, coronel Sergio Gonçalves dos Santos, pelo comandante do 8º BPM, major Luiz Cesar Lima dos Santos, e pelos promotores de Justiça Camilo Vargas Santana, de Santo Antônio da Patrulha, e João Afonso Silva Beltrame, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Pela BM, estão em ação o CRPO Litoral, 8º BPM, 2°BPAT, CPChq, BOPE, Batalhão de Aviação, Canis Regional e do 1º BPChq, com apoio do Departamento de Saúde.
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