Pai, presente sempre! – Dom Jaime Pedro Kohl
O segundo domingo do mês vocacional é dedicado aos pais cuja vocação é gerar a vida no amor e no amor paterno e materno oferecer condições saudáveis e dignas de crescimento e amadurecimento humano e espiritual.
Falar dos pais é falar da família, por isso a Igreja do Brasil promove nestes dias a Semana da Família. É ocasião para refletir e tomar consciência da beleza e da grandeza da vocação à paternidade e maternidade que não podem ser vistas como algo automático.
O simples fato de duas pessoas poderem procriar não significa que estejam preparadas para assumirem as consequências que derivam da relação conjugal. É assustador ver adolescentes iniciando precocemente um relacionamento sexual estável com o consenso dos pais.
O filho que chega esperado, desejado, amado desde o momento da sua concepção, por pais bem casados e com estabilidade de vida tem tudo para dar certo. Ser pai ou ser mãe assim é algo bonito: é vocação! Os casais devem se preparar para a missão de gerar, proteger e cuidar dos filhos.
Mesmo que, hoje, se fale de produção independente ou outras modalidades, sabemos quanto é importante a presença, também, do pai no desenvolvimento e amadurecimento sadio da pessoa.
No documento Amoris Letitia, o papa Francisco fala de uma “sociedade sem pais”, alertando que “o problema nos nossos dias não parece ser tanto a presença invasora do pai, mas sim a sua ausência, o fato de não estar presente. Por vezes o pai está tão concentrado em si mesmo e no próprio trabalho ou então nas próprias realizações individuais que até se esquece da família. E deixa as crianças e os jovens sozinhos”.
“Deus coloca o pai na família, para que, com as características próprias da sua masculinidade, esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho; pai, presente sempre. Estar presente não significa ser controlador”.
Espero que essa palavra paterna e amável do papa Francisco, ajude os homens que carregam nos ombros a graça de um pai a assumirem responsavelmente sua missão e aos jovens que pensam de constituir família não meçam esforços no preparar-se adequadamente.
A todos os pais nosso abraço e prece.
Dom Jaime Pedro Kohl
Bispo Diocesano