Pedra que matou mulher foi carregada até a freeway, diz polícia - Litoralmania ®
Foto: Arquivo
Policial

Pedra que matou mulher foi carregada até a freeway, diz polícia

A Polícia Civil fez uma importante descoberta no caso da mulher morta por um paralelepípedo arremessado contra o para-brisa de um veículo na freeway.

“A pedra não caiu e não fazia parte da estrutura da ponte”, revelou a titular da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DPHPP), delegada Roberta Bertoldo, na manhã desta terça-feira à reportagem do Correio do Povo.

“Só olhando, a gente já observa isso. A pedra não é do local. Ela foi levada para algum fim”, acrescentou a delegada Roberta Bertoldo, encarregada do inquérito aberto para esclarecer a autoria do crime e a motivação do ataque com o paralelepípedo contra o Honda WRV, onde estava a vítima e o marido, na noite de sábado passado.

As diligências prosseguem em vários bairros e vilas próximos do local onde o carro foi apedrejado, além da buscas por imagens de câmeras de monitoramento em toda a região.

A identificação da origem da pedra, carregada até a rodovia de modo premeditado, pode ajudar na localização de quem foi o responsável pelo crime.

O caso

Um carro que transitava no sentido Litoral-Porto Alegre foi atingido por um bloco usado em calçamento de ruas, na freeway, por volta das 21h30min deste sábado (12).

A passageira do veículo, Munike Fernandes Krischke, de 45 anos, morreu após ser levada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) e submetida a várias cirurgias, na tentativa de salvá-la.

Pedra que matou mulher foi carregada até a freeway, diz polícia
Morre mulher atingida por bloco na freeway

O carro era conduzido pelo seu marido que não se feriu.

Os dois residem no bairro Sarandi e se deslocavam em direção à Zona Sul de Porto Alegre, para um jantar em comemoração ao Dia dos Namorados, num restaurante. Quando passavam sob uma das alças da nova Ponte do Guaíba, o paralelepípedo atingiu o veículo, um Honda WRV.

Aos familiares, ele relatou que Munike conversava com ele, de mãos dadas, quando ouviram um estouro e ele se viu coberto de cacos de vidro.

O pára-brisas estilhaçou e, ao olhar para o lado, Alex percebeu que sua mulher estava com a cabeça caída, o rosto arroxeado e um paralelepípedo caído sobre o peito dela.

O restaurante onde o casal iria jantar estava com mesa reservada e decorada com fotos de ambos.

Os familiares estão em estado de choque, mal acreditam no ocorrido.

Munike deixa, além do marido, um filho, Cauã, de seis anos.

As polícias Rodoviária Federal e Civil investigam o caso para verificar se foi algum tipo de acidente (queda de parte da estrutura do viaduto, por exemplo) ou, “a suspeita mais forte”, tentativa de assalto, diz o chefe da Comunicação Social da PRF, Felipe Barth.

A PRF deslocou uma viatura para o local do crime por volta das 21 horas, mas não encontrou sinal dos arremessadores de pedras. Foram feitas buscas a suspeitos.

Existem no passado episódios de objetos jogados para praticar assaltos a motoristas, naquela região. Pelo menos um dos casos resultou em morte, quando o condutor de uma Kombi parou após ter o veículo atingido por pedras. Ao ser assaltado, reagiu e foi esfaqueado.

Com informações de Zero Hora e Correio do Povo

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