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Pela segunda semana consecutiva, Gabinete de Crise emite Alerta para todas as regiões Covid

O Gabinete de Crise decidiu, em reunião realizada emitir Alerta, pela segunda semana consecutiva, para as 21 regiões Covid do Sistema 3As de Monitoramento, responsável pelo gerenciamento da pandemia no Rio Grande do Sul.

O Estado apresenta o nível mais elevado de contaminação desde o início da pandemia.

Todas as regiões alcançaram o maior nível de incidência semanal, o que indica o risco de contágio generalizado em todo o RS.

“Mesmo que a ocupação de leitos não acompanhe o número de casos, como observado em ondas anteriores, há aumento da pressão sobre a capacidade de atendimento hospitalar, indicando a necessidade de agir localmente para reduzir o risco de contágio.

Estamos trabalhando com as regiões para que a fiscalização do cumprimento de protocolos seja intensificada, para que adotem medidas que possam frear o alto contágio”, afirmou o governador Eduardo Leite.

Durante férias e veraneio, a circulação de pessoas entre diferentes cidades é intensificada, fazendo com que o vírus circule com mais facilidade por longas distâncias.

Apenas em janeiro, já foram confirmados 315 mil casos no Rio Grande do Sul, número que supera em 35% o pico ocorrido em março do ano passado e equivale a 2,8% da população gaúcha.

Assim como se observa a elevação do contágio ao longo do mês, o número de óbitos também apresentou aumento, passando de 35 óbitos semanais ao fim de 2021 para 232 óbitos registrados na última semana de janeiro.

Com isso, a taxa de mortalidade semanal se equipara aos níveis de agosto de 2021.

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Na ocupação de leitos clínicos, em 30 dias, o número de internados no Estado passou de 269, entre confirmados e suspeitos, para 1.748. Esse ciclo de elevação só não supera a variação e a velocidade de crescimento do ciclo de março de 2021. No entanto, o aumento já é superior aos demais três ciclos de aumento (junho e julho de 2020, novembro e dezembro de 2020 e de maio de 2021). Em janeiro, houve média de 47,7 internados a mais em leitos clínicos por dia.

Também foi registrada elevação no número de internados em UTIs em todo o Estado, passando de 243 para 639 pacientes, entre suspeitos e confirmados. Com isso, a ocupação das UTIs passou de 48,5% para 61% ao longo do mês, retornando aos níveis de agosto de 2021.

A elevação de casos confirmados em 2022 repercutiu de forma moderada sobre os indicadores de internações em leitos clínicos, em UTIs e em óbitos, quando comparado a outros momentos da pandemia. Caso fosse aplicada a mesma letalidade aparente observada em março de 2021 sobre o número de casos observados em janeiro de 2022, o total de óbitos poderia superar 11 mil pessoas no Estado apenas neste último mês.

Com o avanço da vacinação, o número de óbitos, apesar da elevação, alcançou 412 vítimas. A imunização sobre as faixas etárias a partir de cinco anos, incluindo especialmente a dose de reforço para garantir maior imunidade, se mostra importante para reduzir a proporção de casos graves ocasionados pelo altíssimo contágio corrente.

Texto: Lizi Cordeiro
Edição: Marcelo Flach/Secom

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