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Perigos Dantescos – Por Jayme José de Oliveira

Jayme José de Oliveira
Jayme José de Oliveira

A política, segundo Saturnino Braga, ex-senador do PT do Rio de Janeiro é a mais nobre ocupação do homem.

A energia obtida pela fusão do hidrogênio é a mais eficiente do universo, o Sol a utiliza há cinco bilhões de anos e o fará por outros tantos antes de se extinguir.

Mas, como em tudo, há o reverso da medalha. No Brasil a política, desde priscas eras têm sido conspurcada por inúmeros “malfeitos” que nos últimos anos ultrapassaram todas as medidas. Atentemos que não é exclusividade de nenhum partido, PT, PP, PMDB estão mergulhados na lama em que chafurda a corrupção até a raiz dos cabelos. O PSDB responde por acusações, obviamente bem fundamentadas e das quais ainda se desconhece a profundidade.  O PP inaugurou o rol dos acusados no início da Lava-Jato, o PMDB sempre foi cúmplice ativo e o PT tem, inclusive, altos próceres condenados e presos. Agora, o Advogado Geral da União, Rodrigo Janot, remete ao STF pedido de investigação para Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney. Eduardo Cunha, pivô do processo de cassação da presidente Dilma Rousseff está preso em Curitiba. O rol de acusados nas delações premiadas continua crescendo e não dá sinais de parar.

Não pode haver leniência em nome da “governabilidade”. Não se pode “aliviar” alguns e “ferrar” outros. Se, para ocupar postos-chave – inclusive ministérios – não se encontrar quem preencha as “exigências” dos aliados, parta-se para cima e se nomeie pessoas corretas à revelia dos eternos achacadores. Deveríamos pagar para ver no que vai dar.

Como diria o Tiririca: “Pior que está não fica”.

A cratera aberta na credibilidade é maior que a da bomba H no atol de Eniwetok, sobre a qual trataremos a seguir. Fico em dúvida sobre qual é a mais dantesca. A bomba exterminou a vida animal e vegetal da região (já se reabilitou). Os resquícios da incompetência, corrupção e malversação serão suportados por muito tempo, isso se iniciarmos logo o trabalho de reconstrução, sem “malfeitos”.

No dia 1 de novembro de 1952, no atol de Eniwetok, no Oceano Pacífico, como parte da operação Ivy, realizou-se o mais assustador experimento da história dahumanidade. O mundo já havia assimilado o poder de destruição das bombas atômicas, mas o que foi testado nesse dia era o mais destrutivo dos artefatos. O mundo conheceu a mais terrível forma de destruição em massa, a fusão nuclear do hidrogênio, que é a fonte de energia das estrelas. A bomba de hidrogênio Mike tinha a potência de 10 MT (megatoneladas, o equivalente à explosão de 10 milhões de toneladas de TNT), 600 vezes mais potente que a bomba atômica de Hiroshima.
Cerca de 9.350 militares e 2.300 civis, entre físicos, engenheiros e operários, estiveram envolvidos na operação. O protótipo era um cilindro de 82 toneladas colocado dentro de uma construção de alumínio, erguida na pequena ilha de Elugelab, do atol.

Mike foi detonada ao nível do mar, o que aumentou muito o seu poder de destruição. A detonação produziu uma cratera de 2 km de diâmetro e 50 metros de profundidade. A bola de fogo atingiu 5 km de diâmetro e VAPORIZOU 80 milhões de toneladas de rochas. A nuvem em forma de cogumelo atingiu 37 km de altura e 161 km de diâmetro. As ondas de choque deram a volta ao redor da Terra e foram registradas por um sismógrafo da universidade de Berkeley, na Califórnia.

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A mais nobre ocupação do homem e a mais eficiente geradora de energia do universo podem, e frequentemente, são desvirtuadas para a prática do mal, com efeitos catastróficos. O Criador nos deu o livre-arbítrio e o usamos. Frequentemente, da maneira mais torpe.  Oremos para que pessoas probas nos dirijam no futuro e que a energia livre de radiações e ilimitada nos proporcione o bem-estar que tanto almejamos.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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