Pesquisa revela 16 mil movimentos de massa no solo, após chuvas no RS
Um estudo coordenado pela UFRGS identificou mais de 16.000 movimentos de massa no solo, causados pelas fortes chuvas que impactaram o Rio Grande do Sul desde maio de 2024.
A pesquisa envolveu uma equipe de 50 especialistas, incluindo professores, técnicos, alunos e colaboradores externos, que mapearam uma vasta área de cerca de 18 mil km², usando imagens de satélite de alta resolução e investigações de campo.
Principais Cidades Afetadas e Áreas de Análise
Caxias do Sul lidera com 656 cicatrizes de movimentos de massa mapeados, seguida por Veranópolis, com 636.
Esse levantamento é fundamental para embasar ações de prevenção e adaptação em regiões afetadas como Serra Gaúcha, Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo e Quarta Colônia.
A pesquisa cobriu bacias hidrográficas de grande importância para o RS, como Taquari-Antas, Caí, Sinos, Pardo, Alto e Baixo Jacuí, e Vacacaí-Mirim, abrangendo 150 municípios na Região Hidrográfica do Guaíba.
Acesso ao Mapeamento Digital
Os dados podem ser acessados pelo “Webmapa de Movimentos de Massa para Equipes de Apoio na Situação de Calamidade/2024,” que está disponível para download no repositório digital da UFRGS.
Esse recurso é parte do Repositório de Informações Geográficas para Suporte à Decisão – Rio Grande do Sul 2024.
Detalhes Técnicos e Coordenação do Estudo
Os dados foram divulgados em uma Nota Técnica Conjunta emitida em 29 de outubro de 2024 pelo Instituto de Geociências (IGeo/UFRGS), o Laboratório de Sensoriamento Remoto Geológico e Geomorfológico (Latitude/UFRGS) e o Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia (CEPSRM).
Sob a coordenação do professor Clódis Andrades-Filho e do mestrando Lorenzo Mexias, o estudo observou que as chuvas concentradas no nordeste do estado intensificaram movimentos como deslizamentos, fluxos de detritos e quedas de blocos em áreas de relevo acidentado.