Piranha carnívora se espalha pelo RS e situação gera preocupação no Litoral
O aparecimento de palometas (Serrasalmus maculatus) em Bom Princípio, localizado no Vale do Caí, tem provocado alerta por parte da prefeitura e gerado preocupação entre os moradores locais.
A chegada dessa espécie de piranha, carnívora e exótica, a novos ambientes está resultando em desequilíbrio no ecossistema, uma vez que ela se alimenta de espécies nativas, tornando os peixes mais escassos para os pescadores e prejudicando a economia.
Pescadores dizem que é possível ver as piranhas perseguindo os peixes na água.
O espalhamento dessa espécie invasora é atribuído, provavelmente, à utilização de canais de irrigação.
Ambientalistas observam que a palometa já foi encontrada nos rios dos Sinos, Taquari-Antas e Guaíba, e através do Rio Jacuí, está se aproximando de áreas próximas ao Litoral.
Dilton de Castro, presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí, destaca a maior preocupação com os potenciais impactos na economia e turismo caso essa espécie alcance o Litoral.
O espalhamento nos afluentes do rio, como o Caí, é motivo de apreensão.
O primeiro registro de palometas nessa região remonta a 30 de março de 2022, quando o peixe foi encontrado em Pareci Novo, conforme relato do presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Caí, Rafael Altenhofen. Agora, com a presença já confirmada, há dificuldades em contê-la ou determinar sua localização precisa.
Além de causar desequilíbrio, a palometa também pode representar riscos para os banhistas, embora ataques a humanos não sejam tão comuns.
O peixe pode mordiscar as pessoas para testar se são presas.
Notificações sobre o aparecimento da espécie podem ser feitas por meio do aplicativo Invasoras RS, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).
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