Solar Orbiter/EUI Team (ESA & NASA); CSL, IAS, MPS, PMOD/WRC, ROB, UCL/MSSL
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Poderosa onda de calor e anomalia magnética: Por MetSul

Argentina enfrenta hoje o oitavo dia seguido com calor acima de 40ºC. O Rio Grande do Sul o seu quinto.

O Uruguai teve a maior temperatura da sua história na sexta com 44,0ºC em Florida.

Dezenas de recordes históricos de décadas ou até de mais de um século caíram na Argentina e Uruguai. Buenos Aires teve a maior mínima da sua história (30,0ºC) e dois dos três dias mais quentes desde o começo das medições em 1906 ocorreram na última semana. No Rio Grande do Sul, Bagé anotou recorde de 100 anos de calor.

Segundo a MetSul, Diante de uma onda de calor tão extraordinário, as pessoas se perguntam como é possível ter feito tanto calor.

La Niña e a consequente seca explicam os extremos de temperatura, mas muitos internautas questionaram em nossas redes sociais ao longo de toda a última semana se não haveria uma relação de causalidade entre os extremos de temperatura e denominada Anomalia Magnética do Atlântico Sul.

Então, a AMAS que significa Anomalia Magnética do Atlântico Sul é um fenômeno que ainda é um mistério para a ciência e que não raro nas redes sociais alguém questiona se não estaria interferindo no clima do Brasil e da América do Sul.

A AMAS, que está crescendo e com seu centro mais perto da América do Sul, é uma espécie de defasagem na proteção magnética da Terra localizada sobre o Atlântico Sul, mais especificamente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, em faixa que se estende até a África.

Mas, como este déficit de blindagem bem acima do Atlântico Sul pode afetar a vida no nosso planeta?

Uma consequência que já compreendemos é na atuação dos satélites que estão na órbita da Terra.

Ao passarem pela região com baixa na retaguarda de proteção, eles podem apresentar avarias causadas pelo fluxo de radiação cósmica.

Por isso, a anomalia é monitorada por agências espaciais como a ESA e a NASA, e mais recentemente pelo Brasil, que lançou ao espaço o nanossatélite NanosatC-BR2 com esta missão.

Apesar disso, de acordo com a MetSul, não há como fazer qualquer vinculação entre a anomalia magnética e a onda de calor extraordinária que o Centro da América do Sul está enfrentando.

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Não se enxerga qualquer relação de causalidade entre os dois fenômenos.

Zero! Até porque ondas de calor tão ou mais intensas que a que experimentamos ocorreram nos últimos anos em regiões do planeta sem anomalia magnética relevante alguma. Caso do Sul da Europa que teve a maior máxima da história do continente europeu em 2021, na Sicília, Itália.

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