Político de Palmares do Sul é acusado de coação em caso de desvio de doações
A Justiça determinou medidas cautelares contra um político de Palmares do Sul, investigado por coação de testemunhas em um caso de desvio de doações. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) havia solicitado a prisão do pré-candidato, acusado de usar donativos destinados às vítimas da enchente para sua campanha eleitoral, mas a Justiça optou por uma medida alternativa: o afastamento das vítimas.
Conforme o 4° Núcleo Regional – Litoral – do GAECO, o político estava coagindo um casal de testemunhas nesta semana.
Em resposta, o Poder Judiciário determinou que ele deve manter uma distância mínima de 200 metros das vítimas e se abster de qualquer contato, direto ou indireto, sob pena de prisão preventiva.
“A tentativa deste vereador de influenciar as testemunhas demonstra uma clara interferência indevida nas investigações e um desrespeito às instituições do Poder Judiciário e do MPRS”, afirmou o promotor de Justiça Mauro Rockenbach. Segundo ele, o político e outras pessoas continuam sendo monitorados e são alvos de duas investigações.
Operações Desvio 1 e 2
No dia 8 de junho, o GAECO, em conjunto com a Polícia Civil, deflagrou a Operação Desvio 2 em Palmares do Sul e no Balneário Quintão.
O promotor de Justiça Leonardo Rossi informou que foram cumpridos 11 mandados de busca contra três pessoas, resultando na prisão em flagrante de um indivíduo por porte ilegal de arma de fogo e na apreensão de vários donativos.
A primeira etapa da operação, realizada em 4 de junho, também investigou o desvio de doações para campanha eleitoral.
Três pessoas foram alvos da ação, incluindo um vereador, sua companheira e um secretário municipal de Palmares do Sul, todos pré-candidatos nas próximas eleições.
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