Ponte no Caraá segue inacabada: conclusão já foi adiada três vezes, prolongando os transtornos à população local.
A estrutura, que substitui a ponte antiga destruída pelo ciclone extratropical em junho de 2023, estava com previsão de entrega para maio deste ano, mas o novo prazo agora é julho.
Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), 98% da obra está concluída, restando a aplicação da camada asfáltica, a sinalização e a pintura do guarda-corpo.
A fase atual do projeto exige condições climáticas específicas: tempo seco e temperaturas mínimas de 10 °C.
A previsão anterior, de finalizar a construção até o fim de 2024, também não se concretizou devido à necessidade de remoção de um poste de alta tensão, o que atrasou os trabalhos.
Em abril, os operários trabalhavam na colocação das lajes sobre a estrutura.
Ponte no Caraá segue inacabada
A ponte, que liga os municípios de Caraá e Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, é considerada vital para o tráfego local e regional.
A obra representa um investimento total de R$ 6,4 milhões — com R$ 3,9 milhões oriundos do governo federal e R$ 2,5 milhões do governo estadual.
A nova ponte terá duas faixas de rodagem e acostamento, com dimensões de 10,4 metros de largura e 60,55 metros de comprimento.
A capacidade de carga é de 45 toneladas, o que permitirá o tráfego de veículos de grande porte, facilitando a mobilidade e o escoamento da produção local.
Enquanto a ponte definitiva não fica pronta, os motoristas seguem utilizando uma via provisória construída ao lado.
No entanto, essa alternativa apresenta sérios problemas: ela é frequentemente bloqueada quando o nível do arroio sobe, como aconteceu recentemente durante as fortes chuvas, deixando moradores ilhados.
O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) emitiu nota sobre a situação.
“Importante ressaltar, ainda, que o andamento da obra foi prejudicado pela enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024, maior tragédia climática do Estado.
Os serviços na ponte foram temporariamente suspensos durante esse período.
Além disso, a conclusão da obra também precisou ser adiada pela necessidade de realocação de um poste, trabalho executado pela CEEE Equatorial”.