O impacto ambiental do Porto Meridional de Arroio do Sal, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, dá um novo passo com a entrega da prévia do estudo ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta quarta-feira (13).
O documento, apresentado pela empresa DTA, afirma que o empreendimento é viável do ponto de vista ambiental.
Segundo Daniel Kohl, diretor da DTA, “todos os impactos identificados foram analisados e receberam propostas de medidas mitigadoras e compensatórias”.
Essas diretrizes serão revisadas pelo Ibama, podendo se tornar condições obrigatórias para o licenciamento do porto.
O próximo passo do Ibama é aguardar a entrega completa do estudo para iniciar sua avaliação detalhada.
Se o material for considerado adequado, uma audiência pública será convocada para debater os impactos com a comunidade.
O processo inicial, que verifica se o estudo atende aos requisitos do Termo de Referência, tem prazo de 30 dias. Caso aprovado, inicia-se uma análise técnica aprofundada, com duração de até 180 dias.
O senador Luis Carlos Heinze (PP), que participou de reunião com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou a importância do projeto para a economia gaúcha.
“O Rio Grande do Sul tem apenas um porto, enquanto Santa Catarina conta com mais de sete. Essa é uma chance única de reduzir os custos logísticos do estado”, afirmou.
Porto Meridional avança no Litoral Norte
O empreendimento já teve sua adesão formalizada em outubro do ano passado, com um investimento previsto de R$ 1,3 bilhão.
Projetado para iniciar operações em 2026, o Porto Meridional terá capacidade de movimentar anualmente cerca de 5 milhões de toneladas de carga sólida e a granel, o que pode impulsionar a economia regional.
Defensores da iniciativa enfatizam que o novo porto trará benefícios significativos para o transporte de cargas e o crescimento da região.
No entanto, o projeto também enfrenta críticas de representantes do Porto de Rio Grande, que questionam as vantagens e a viabilidade da iniciativa.
Em meio ao avanço do processo de licenciamento, ambientalistas também expressam preocupações quanto às consequências para o ecossistema local.
O Ibama, por sua vez, enfatiza que o estudo será meticulosamente analisado antes de qualquer decisão final sobre o futuro do empreendimento.
