Possibilidade de La Niña duplo aumenta com resfriamento no Pacífico e Atlântico: veja mais

Há meses, meteorologistas estão alertando para a chance de um evento de La Niña, relacionado ao resfriamento das águas na faixa equatorial do Oceano Pacífico. Embora essa probabilidade tenha diminuído,…
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Foto: Tempo no RS

Há meses, meteorologistas estão alertando para a chance de um evento de La Niña, relacionado ao resfriamento das águas na faixa equatorial do Oceano Pacífico.

Embora essa probabilidade tenha diminuído, ainda persiste a possibilidade de que o fenômeno climático se manifeste nos próximos meses.

De acordo com o relatório mais recente da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos, publicado no início desta semana, a temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central-Leste (região Niño 3.4) está em 0,0°C.

Esse valor encontra-se na faixa de neutralidade, que varia de -0,4°C a +0,4°C, indicando neutralidade climática absoluta.

Cenários Possíveis para o Pacífico

A tendência atual sugere que a neutralidade do Pacífico continuará ao longo das próximas semanas, sem uma expectativa imediata para a declaração de um evento de La Niña.

Mesmo com a NOAA estimando uma probabilidade de até 72% de La Niña ocorrer no final deste ano, a equipe da MetSul Meteorologia não compartilha dessa visão de alta probabilidade.

Nossa análise aponta para dois cenários principais devido às condições limítrofes atuais.

O primeiro cenário envolve a possibilidade de um evento de La Niña muito fraco e de curta duração ocorrendo entre a primavera e o verão.

No segundo cenário, o Pacífico permaneceria em estado de neutralidade, com temperaturas próximas aos valores típicos de La Niña, mas sem a caracterização formal do fenômeno.

Impactos do Resfriamento no Atlântico

Além do Pacífico, a ciência climática está de olho em possíveis eventos no Oceano Atlântico, que também podem impactar o clima global, embora com menor intensidade.

Existe a possibilidade de ocorrer uma fase fria, denominada La Niña do Atlântico, que poderia coincidir com um evento de La Niña no Pacífico.

Desde o início de junho, uma grande parte do Atlântico Norte tem registrado temperaturas acima da média, enquanto o Atlântico Equatorial Central apresentou uma queda de 0,5°C a 1°C em relação à média esperada para essa época do ano.

Segundo a NOAA, se essas condições de resfriamento persistirem até o final de agosto, poderá ser declarado um evento conhecido como Niña Atlântica.

Dados de temperatura média da superfície do mar, comparados com a média histórica de 1982-2023, indicam a presença de águas frias ao longo do equador, o que sugere a possibilidade de um evento Niña do Atlântico.

A área monitorada é utilizada para a observação de eventos climáticos como El Niño e La Niña no Atlântico.

Compreendendo a La Niña do Atlântico

A La Niña do Atlântico é a fase fria de um padrão climático natural chamado de modo zonal do Atlântico. Similar ao El Niño e La Niña do Pacífico, esse padrão alterna entre fases frias e quentes ao longo de alguns anos.

Normalmente, as temperaturas da superfície do mar no Atlântico Equatorial Leste seguem um ciclo sazonal distinto. As águas mais quentes são registradas durante a primavera, enquanto as mais frias, com temperaturas abaixo de 25°C, são observadas entre julho e agosto.

Se confirmada, a presença de uma La Niña Atlântica poderia influenciar padrões climáticos em diversas regiões.

A análise contínua das condições oceânicas em ambos os oceanos é crucial para entender e prever os impactos climáticos que tais fenômenos podem trazer, tanto em escala global quanto regional.

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