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Pra ver a banda passar…

“Em alegre bando, Luiz Stalinácio da Silva e a camarilha palaciana rumou a Zurique. Nem mesmo a mais fajuta escola de samba do terceiro grupo sairia para a avenida com uma “comissão de frente” tão descompassada e constrangedora, composta pela sexólatra Martha-nada-a-ver-Suplicy (aquela do “relaxe e goze!”), o mago(?)-contador-de-piada-sem-nenhuma-graça, Paulo Coelho, o etílico Ricardo Teixeira (que, por obras de ardilosas manobras ocupa a ambicionada cadeira da presidência da CBF), o dublê de atacante e técnico interino de futebol, Romário (jurando que os mil golos foram em jogos oficiais. Então, tá!) e o brega e não menos deslumbrado top model Dunga…

…Nestes sete anos que nos separam da orgia da qual a Nação não tem cacife para bancar serão despendidos bilhões de reais para “enfeitar” os grandes salões dos bailes e avivar a fogueira das vaidades dos Teixeira, dos Romários, dos Dungas, do falastrão presidente da república e a sua trupe de bobos alegres. Isso sem falar nas burras das empreiteiras que estourarão de empanturradas. A CBF, finalmente, vestirá calças de veludo. E o povo, é claro, ficará com a bunda de fora!”.

O texto acima reproduz o primeiro e o último parágrafo da crônica “Zecas, Joões, Marias e Clarisses: viva o povo do Brasil”, ou “2014, o pepino é nosso”, publicada neste Litoralmania em 05/11/2007, dois dias após o Brasil ter sido oficialmente anunciado como sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Desnecessário dizer que as obras básicas de infraestrutura para evento deste porte sequer saíram do papel e o festival das fraudes e do superfaturamento ainda se encontra encoberto pelo manto negro estendido pelos $etore$ diretamente envolvido$.

Enquanto isso morre, aos sete anos de idade, na madrugada de domingo, 19 de junho, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, o menino Ismael de Campos Gomes, de Rio Grande, que se tornara um dos símbolos das campanhas de doação de medula óssea. Ismael lutava havia quatro anos contra a leucemia.

Em 15 de maio, a situação havia piorado. Durante mais de um mês, o quadro clínico fora se agravando e suas forças, diminuindo, em razão das constantes doses de uma quimioterapia usada em adolescentes, como forma de tentar enfrentar o câncer. Na mesma proporção, acabavam-se as esperanças dos familiares em conseguir salvar a vida do menino.
Eis, no entanto, que a Providência Divina coloca no caminho do pequeno Ismael um doador 100% compatível – uma raridade, já que a probabilidade de achar alguém com a sintonia é de uma para 100 mil pessoas.
Então, por que morreu o pequeno Ismael?

Porque ele aguardava por um leito no Hospital de Clínicas de Porto Alegre para poder receber o transplante. A instituição é a única do Estado habilitada pelo Ministério da Saúde a realizar o procedimento.

É preciso dizer mais?

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