Preço da cesta básica cai em dez capitais, revela Dieese
O preço da cesta básica, em janeiro, caiu em dez das 17 capitais estudadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As capitais que apresentaram quedas expressivas foram João Pessoa (-11,30%), Rio de Janeiro (-6,27%) e Fortaleza (-5,12%). Dentre as sete localidades onde o preço da cesta subiu, os destaques foram Belém (5,85%), Goiânia (5,22%), Vitória (4,79%) e Salvador (4,48%).
Na média anual, contudo, o preço aumentou 10% em dez capitais: Vitória (20,10%), Florianópolis e Natal (ambas com 18,02%) e Salvador (16,59%) foram as que se destacaram neste quesito.
Segundo o coordenador da pesquisa, José Mauricio Soares, a queda no preço se deve a certos produtos cujos preços estão caindo. “Como não há muita demanda internacional, o preço do óleo de soja está caindo”, disse.
Na avaliação de Soares, a cesta deve continuar caindo. “O resultado está sendo positivo e deve continuar assim nos próximos meses”.
Dez cidades registraram redução no preço do arroz, produto que se encontra em período de colheita. A queda mais significativa foi observada em Florianópolis (-4,87%). Das sete localidades com alta, a maior ocorreu em Goiânia, com 3,96%. A variação em 12 meses é significativa em todas as regiões, situando-se entre 22,86%, em Salvador, até 46,17%, em Fortaleza.
Em São Paulo, o custo da cesta básica na capital teve elevação de 0,85% em comparação com dezembro, o sexto maior aumento entre as 17 capitais pesquisadas.
Em relação a janeiro de 2008, a alta é de 5,43%, a menor elevação em 12 meses, no conjunto de 16 localidades para as quais o Dieese dispõe de dados para o período. O custo dos 13 itens essenciais ficou em R$ 241,53.
O Diesse concluiu, ainda, com base no maior custo apurado para a cesta básica (que, em janeiro, foi registrado em Porto Alegre), que o valor do salário mínimo necessário para cumprir a determinação constitucional de cobrir as despesas de uma família com gastos básicos (alimentação, moradia, saúde, lazer, previdência, transporte, higiene, educação e vestuário) deveria ser R$ 2.077,15.
O valor equivale a cinco vezes o piso em vigor até janeiro, de R$ 415. Em 1º de fevereiro, o salário mínimo foi reajustado para R$ 465.