Preconceito
A complexidade do tema, bem como a real origem dos preconceitos é uma das dificuldades que muitos seres humanos enfrentam para entender como respeitar o próximo de forma simples, objetiva e sensata.
Podemos chamar de “pré-conceito”, um conceito pré-concebido de algo. Conceito este, advindo tão somente de uma idéia gerada do desconhecido e que, na maioria das vezes, leva à inúmeras injustiças, também a marginalização, à discriminação e podendo inclusive em alguns casos causar outros danos.
É um juízo preconcebido, manifestado geralmente através de uma atitude discriminatória que se baseia nos conhecimentos surgidos em determinado momento como se revelassem verdades sobre pessoas ou lugares determinados.
Este costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém a algo que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito é a social, racial e sexual.
O Preconceito pode ser também, uma forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado simplesmente pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente de si, ou do que julga ser normal. O preconceito além da discriminação em alguns casos leva à violência. Este tipo de atitude vem acompanhada em grande maioria, por teorias justificativas. Há uma espécie de preconceito espontâneo em relação a tudo que é diferente ou desconhecido. É preciso nós os seres racionais consigamos urgentemente “des-preconceituar”.
Alguns tipos de preconceitos:
Preconceito à outra cor – É denominado de racismo e existe principalmente em relação à negros. No Brasil, surgiu com a escravidão e é muito presente até hoje, apesar de a escravidão ter sido abolida em 1888. Há também o racismo contra brancos, amarelos, vermelhos, pardos entre outros.
Preconceito contra loiras – Quem nunca ouviu uma piadinha sobre loiras burras? É bastante comum observarmos até em charges de periódicos este tipo de piadinha.
Preconceito à outra religião – Hoje em dia, o maior exemplo deste preconceito são os conflitos no Oriente Médio. A luta entre judeus e islâmicos à custa de dezenas de vidas diariamente. Grupos extremistas no Iraque matam inocentes cruelmente somente porque são de outra religião.
Preconceito contra as mulheres – É denominado de machismo, e existe por causa do antigo papel das mulheres como única e exclusivamente donas de casas. O machismo gera mágoa porque hoje em determinadas regiões do nosso pais ainda há homens não reconhecem a capacidade das mulheres de fazerem algo diferente que costurar, limpar a casa e cozinhar. Até mesmo a frase; “mulher no volante é perigo constante”, sintetiza este tipo de preconceito.
Preconceito quanto a classe social – Ricos que discriminam pessoas de classe social inferior, com famosas frases do tipo: – Isso só pode ser coisa de pobre..”, ou vice-versa.
Preconceito contra pessoas de outra orientação sexual – Homossexuais e bisexuais são agredidos moralmente e até fisicamente só pelo motivo de não serem “iguais”. É uma triste realidade, tanto que ainda hoje muitas pessoas escondem sua preferência sexual.
Preconceito contra pessoas de outra nacionalidade – A maioria dos brasileiros critica os portugueses, árabes e até mesmo os norte-americanos. Os brasileiros sofrem de preconceito em outros países, assim como muitos estrangeiros que são discriminados aqui no Brasil.
Preconceito étnico: “Todo cigano é ladrão.” “O judeu é perverso e avarento”: “Os índios em geral são improdutivos e preguiçosos”; “Todo negro é adepto de feitiçaria”; “Todo português é burro e todo brasileiro é malandro.”
Há também outros preconceitos como patrões que defendem: “Se funcionário fosse inteligente, seria patrão”. Os pobres que “nada possuem” (não contribuem financeiramente, não compram, não pagam impostos) e “nada sabem”, estes são marginalizados na sociedade. Em seguida; os pobres e os nordestinos que são acusados de apatia, preguiça, e que na única coisa que são bons é de festa.
O preconceito pode ser motivado pelo medo imensurável. Portanto, um problema ético de grande relevância e proporção, uma vez que se trata de um comportamento que cria vários problemas práticos para o ser humano. A história humana nos mostra que sempre existiram preconceitos e que mesmo quando alguns deles chegam a ser superados, outros tantos surgiam quase que imediatamente.
Podemos concluir que os preconceitos nascem na cabeça dos homens. Por isso, é preciso combatê-los com o desenvolvimento das consciências com uma boa educação, mediante a luta incessante contra toda e qualquer forma de sectarismo.
Enfim, para que possamos todos nos libertar dos preconceitos “pré-concebidos”, precisamos antes de tudo, aprender a viver numa sociedade livre de direito e de fato.