Preços de alimentos voltam a subir
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,45%, após quatro meses em queda. O resultado é 0,19 ponto percentual superior à taxa de setembro (0,26%). Em outubro de 2007, o índice havia sido de 0,30%.
Foram comparados os preços coletados entre os dias 30 de setembro e 29 de outubro com os preços de 28 de agosto a 29 de setembro. Em 2008, o IPCA acumula alta de 5,23%, contra os 3,30% registrados no mesmo período de 2007 (3,30%). Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 6,41%, também acima dos 6,25% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.
Os preços dos alimentos voltaram a subir em outubro, após dois meses em queda (-0,18% em agosto e -0,27% em setembro), com alta de 0,69%. Com o resultado de outubro, os produtos alimentícios acumulam elevação de 10,04% no ano, acima do índice referente a igual período de 2007 (7,76%).
O feijão foi o produto que mais sofreu alta de preços (5,66%) – o feijão preto, por exemplo, ficou 7,74% mais caro. Já a carne apresentou alta de 3,61% e foi o item com a maior contribuição individual no mês (0,08 ponto percentual).
Dentre os alimentos que apresentaram redução de preço em outubro, destacam-se cebola (-15,19%), cenoura (-14,94%), ovos (-4,12%), óleo de soja (-3,38%) e farinha de trigo (-2,84%). Entretanto, no acumulado de 2008, todos registram taxas positivas.
Todas as regiões pesquisadas mostraram alta nos preços dos alimentos de setembro para outubro, enquanto, de agosto para setembro, quase todas, exceto Porto Alegre, haviam apresentado queda. Em Goiânia (1,23%) e Fortaleza (1,19%) foram observadas as maiores taxas no grupo e Salvador (0,20%) ficou com a menor variação.
No grupo transporte (de 0,39% para 0,02%), enquanto em setembro o preço do litro da gasolina havia subido 0,69%, em outubro houve pequena deflação de 0,18%. O álcool, por sua vez, apresentou alta de 1,08%, um pouco menos intensa do que no mês anterior (1,20%).
Regionalmente, os maiores resultados foram registrados em Brasília (0,60%), Recife (0,59%) e Goiânia (0,58%). O menor índice foi o de Belo Horizonte (0,18%).
Calculado pelo IBGE desde 1980, o IPCA se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.