Prefeitura busca regularizar o Marreco de Pequim nas lavouras de arroz em Torres

Regularizar o sistema do Marreco de Pequim nas lavouras de arroz em Torres foi o tema de encontro no sábado, 30 de agosto, em propriedade rural do Rio Verde. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Rural e da Pesca, José Vanderlei Brocca. foi firmada uma parceria para iniciar pesquisa sobre a legalização do Marreco e que consiste no acompanhamento das aves migratórias da região. O propósito do Marreco de Pequim é o de preparar o solo para o plantio de arroz, porém, o Ministério da Agricultura informa que não é possível registrar o sistema de criação utilizado em nossas lavouras pois colocaria em risco a cadeia da avicultura comercial do país, por motivos de risco sanitário.

O encontro foi na casa do agricultor familiar Jairo Matos e contou a participação, entre outros produtores, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, José Carlos de Matos. Conforme o secretário municipal, cabe então aos interessados levantamento de dados científicos que comprovam que a criação, em determinadas condições, não prejudicam a avicultura comercial. De acordo com o engenheiro agrônomo da Prefeitura, Gerson Luis Nardi, o emprego do Marreco de Pequim significa “menor uso de defensivos agrícolas, menor uso de adubo químico, menor uso de maquinário na preparação do solo e consequente menor emissão de carbono para a atmosfera, a partir de combustíveis fósseis, menor custo de produção, maior produtividade, entre outros” garante.

Ainda de acordo com o engenheiro agrônomo, para a viabilização do projeto se faz necessário a construção de parcerias com Universidades interessadas em desenvolverem trabalhos de pesquisa científica na direção da viabilização deste tipo de criação. A Secretaria de Desenvolvimento Rural e da Pesca já conseguiu agregar dois parceiros, a UDESC e a UNESC e está em tratativas adiantadas com a Ulbra que também devem realizar trabalhos de pesquisa. O cronograma de trabalho está sendo construído conforme a disponibilidade de recursos financeiros que vão sendo aportados no projeto.