Primeira Infância Melhor atende 100 crianças em Torres
Na vida inicial, as crianças precisam ter as suas necessidades básicas (biológicas, orgânicas e psicológicas) supridas com muito carinho, respeito e compreensão. Essa é uma das orientações que as visitadoras do Programa Primeira Infância Melhor (PIM) passam para as mães e gestantes que participam do projeto. Em Torres, o PIM atende cerca de 100 crianças de 0 a 6 anos, que não estão em escolas de educação infantil, e mães gestantes dos bairros São Francisco, Dunas, Guarita, Porto Alegre, Vila Nova e Curtume. Segundo o secretário da Saúde, Valmir Daitx Alexandre (Pardal), o objetivo é orientar as famílias e gestantes para que promovam o desenvolvimento integral de suas crianças.
Lançado pelo governo estadual e implantado pela Administração João Alberto, o PIM tem um Grupo Técnico Municipal formado por representantes das Secretarias da Ação Social, Educação e Saúde, que definem as diretrizes em Torres. O programa prioriza o desenvolvimento infantil através de atividades que envolvem comunicação e linguagem, habilidades intelectuais, motricidade, valorização do meio em que vivem, afetividade, saúde, higiene e nutrição. Para orientar as mães, o PIM de Torres conta com uma monitora e seis visitadoras, que são estudantes dos cursos de Educação Física e Psicologia da Ulbra. Elas realizam visitas semanais na residência de gestantes e crianças de 0 a 3 anos. Já as crianças de 3 a 6 anos são reunidas em um local na comunidade para participarem de atividades e para que as mães possam receber as instruções.
Muitas brincadeiras e jogos são realizados para estimular as mães a brincarem com os filhos e para avaliar o desenvolvimento das crianças. Para isso, as visitadoras utilizam a criatividade para transformar sucata em material pedagógico. Garrafas PET viram boliche, tampinhas coloridas ajudam na identificação das cores, papelão vira quebra-cabeça, caixa de ovos vira jogo, e jornal e revistas são utilizados para trabalhos educativos.
E após pouco mais de um ano de atividades, o programa já apresenta resultados positivos. As mães relatam que melhoraram a sua atenção e paciência com as crianças e passaram a conversar mais com os filhos. Também aumentaram os conhecimentos relativos a cada fase evolutiva das crianças e dão mais atenção à alimentação. Outro ponto favorável é que as visitadoras, ao constatarem problemas de saúde ou de desenvolvimento das crianças, encaminham as mães e seus filhos para profissionais da comunidade ou para a rede pública para que tenham atendimento especializado.