Primeiro lote de novo tratamento para tuberculose chega ao Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, a vantagem do tratamento chamado de dose fixa combinada (DFC) é o aumento da efetividade e a eficácia da terapia, com a inclusão de uma quarta substância em um mesmo comprimido. A terapia, também conhecida como “quatro em um”, reduz o abandono ao tratamento e melhora a adesão dos doentes.
A primeira remessa contém 10 milhões de comprimidos, o suficiente para tratar 100 mil novos casos da doença. Um novo lote com a mesma quantidade chegará ao país em fevereiro de 2010. O ministério gastou US$ 6 milhões na compra do medicamento.
Para a implementação do tratamento, coordenadores dos programas de controle da tuberculose de todo o país receberam orientações sobre o novo esquema terapêutico. As secretarias estaduais de Saúde (SES) vão mapear quantas unidades receberão o novo tratamento.
Cada comprimido contém rifampicina (150mg), isoniazida (75mg), pyrazinamida (400mg) e etambutol (275mg), medicamentos que atuam na eliminação do bacilo de Koch, causador da tuberculose. O novo esquema terapêutico será usado nos dois primeiros meses dos novos tratamentos, a partir da implantação no Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes que já estão em tratamento deverão manter a prescrição inicial.
O restante da terapia, que dura mais quatro meses, será feita com as drogas usadas atualmente. O ministério informa que duas das quatro drogas continuarão em uso no mesmo comprimido, conhecido como “dois em um”. Portanto, tanto os novos quanto os antigos pacientes cumprirão o mesmo esquema terapêutico nos últimos quatro meses de tratamento.
A tuberculose é causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), que afeta vários órgãos, mas principalmente os pulmões. Os sintomas são tosse prolongada, cansaço, emagrecimento, febre e sudorese noturna. O bacilo é transmitido pelo ar, quando o paciente tosse, fala ou espirra. Em 1993, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a tuberculose como uma emergência global.