Produção de arroz no RS garante abastecimento nacional, mesmo após enchentes

A recente safra de arroz no Rio Grande do Sul, apesar das adversidades causadas pelas inundações em maio, demonstra a robustez do setor. Segundo dados apresentados pelo Instituto Rio Grandense…
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A recente safra de arroz no Rio Grande do Sul, apesar das adversidades causadas pelas inundações em maio, demonstra a robustez do setor.

Segundo dados apresentados pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) durante uma reunião remota da Câmara Setorial do Arroz, a produção estimada para 2023/2024 é de aproximadamente 7.149.691 toneladas.

Este número, apesar de ligeiramente inferior ao registrado na safra anterior, confirma a capacidade do estado em abastecer o mercado nacional sem a necessidade de importações.

O presidente do Irga, Rodrigo Machado, explicou que as inundações afetaram cerca de 142 mil hectares de arroz, com 22 mil hectares totalmente perdidos e outros 18 mil parcialmente submersos.

Além disso, aproximadamente 43 mil toneladas de grãos estocados nos silos foram comprometidas.

No entanto, a produção já colhida antes do desastre natural somava 6.440.528 toneladas, e a estimativa para a área não afetada pelas cheias acrescenta mais 709.163 toneladas, resultando na produção total prevista.

Machado enfatizou que, apesar das perdas, a safra atual é comparável à anterior, o que descarta preocupações sobre um possível desabastecimento de arroz.

Contudo, as áreas mais atingidas pelas enchentes, como a Depressão Central, enfrentam desafios adicionais.

Alexandre Velho, presidente da Federarroz, ressaltou a necessidade de apoio financeiro aos produtores locais, que não apenas perderam suas safras, mas também infraestrutura e animais.

Há também preocupações em relação às políticas governamentais, especialmente a decisão de suspender a Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação de arroz.

Alexandre alertou que essa medida pode desestimular os produtores, levando a uma redução na área cultivada no estado. A venda de arroz a preços muito baixos prejudicaria a rentabilidade dos agricultores.

Para discutir essas questões em nível nacional, o coordenador da Câmara Setorial, Francisco Schardong, participará de uma reunião.

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Representantes de diversas entidades, desde associações de produtores até instituições financeiras, estiveram presentes na reunião remota, demonstrando a amplitude das preocupações e ações necessárias para enfrentar os desafios do setor.

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