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Produção industrial volta a crescer, indica CNI

A produção industrial brasileira voltou a registrar crescimento, em maio, ao atingir 51,6 pontos ante os 45,3 pontos registrados em abril, informou hoje (22) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em nota, a entidade avalia que, mesmo com o resultado, o cenário econômico na indústria nacional “continua ruim e com tendência de queda”.

Segundo a Sondagem Industrial, o nível de utilização da capacidade instalada (UCI) ficou em 73%, índice considerado abaixo do usual para os meses de maio. Em abril, o UCI chegou a 71% e em maio do ano passado, a 74%.

A CNI utiliza um escala de 0 a 100 e valores acima de 50 pontos indicam aumento da atividade, do emprego, acúmulo de estoques indesejados e utilização da capacidade instalada acima do usual.

O indicador que mede o estoque efetivo/planejado ficou em 53,1 pontos. Na avaliação da CNI, isso mostra que há mais produtos estocados nas fábricas do que gostariam os empresários. Em abril, o indicador estava em 53 pontos e em maio de 2011, em 50,9 pontos.

Na nota, o gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, informou que mesmo com um pequeno crescimento na atividade, concentrado na indústria extrativa e nas grandes empresas, a utilização da capacidade instalada está baixa e os estoques estão aumentando. A nota também informa que os ajustes das empresas vão continuar nos próximos meses e destaca que a redução do ritmo de produção não está sendo suficiente para compensar a queda no ritmo de vendas.

O setor extrativo registrou 54,4 pontos e compensou o resultado da indústria de transformação, que ficou em 50,4 pontos. Pelos números apurados pela CNI, dos 28 setores da indústria de transformação, 15 registraram queda na produção de abril para maio. O indicador referente ao número de empregados na indústria caiu pelo segundo mês consecutivo, e ficou em 48,7 pontos em maio ante 48,9 pontos em abril.

A expectativa para os próximos seis meses, porém, continua elevada entre os empresários industriais, que esperam um aumento da demanda por produtos industrializados, com o indicador em 59,1 pontos. O setor também mostrou otimismo com as exportações, com 55,3 pontos, devido à desvalorização do real, segundo a CNI. Por outro lado, os técnicos da entidade lembram que os principais mercados compradores de produtos brasileiros passam por dificuldades, como a União Europeia, os Estados Unidos e a Argentina.

As expectativas para os próximos seis meses sobre compras de matérias-primas também ficou em alta, com 55,9 pontos, assim como o número de empregados (52,1 pontos).

A pesquisa foi realizada com 2.010 empresas entre os dias 1º e 18 deste mês, das quais 699 são pequenas, 790 médias e 521 grandes.

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